Inquérito conclui que padrasto assassinou enteada com explosivos e se matou em Pirenópolis

9j1e8ydm2k_6dkgx2oopi_file
Crime chocou a cidade em dezembro do ano passado

A jovem Loanne Rodrigues da Silva Costa, de 19 anos, assassinada com explosivos em dezembro do ano passado em Pirenópolis (GO), foi morta pelo padrasto Joaquim Lourenço da Luz, de 47 anos, que se matou em seguida. Essa é conclusão do inquérito da Polícia Civil da cidade, que fica no Entorno do DF.

Os corpos dos dois foram encontrados abraçados e amarrados em uma árvore no Morro do Frota, local de trilhas e cachoeiras. Eles estavam com explosivos amarrados em seus corpos.

A polícia constatou que Joaquim planejou e cometeu o crime e depois se suicidou. Os peritos concluíram que Loanne estava sedada no momento do crime e não reagiu.

No local, foi encontrada uma garrafa d’água com uma substância de efeito sedativo. Não havia vestígios de luta ou abuso sexual. A jovem foi atraída para o local pelo padrasto, sob o pretexto de tirar fotos.

A investigação aponta que a motivação do crime foi uma “paixão doentia pela enteada, que se manifestava através de ciúmes excessivos”, e que Loanne reclamava desse comportamento do padrasto.

O inquérito também mostra que Joaquim planejou o crime com dois meses de antecedência. Ele simulou toda a cena para confundir a investigação. Segundo a polícia, ele queria preservar a imagem de padrasto herói, que morreu tentando proteger a enteada, para se valer dos seguros de vida que havia feito meses antes nos nomes de sua mulher e seu filho.

A forma como o padrasto estava amarrado permitiu que ele tivesse mobilidade dos braços e mãos. Ele podia fazer todos os nós, manusear o isqueiro e explosivo. Os policiais descartaram a presença de uma terceira pessoa no local.

Outros fatos chamaram a atenção da polícia, como a mudança brusca de comportamento e algumas declarações que fez a parentes. Nas vésperas do crime, Joaquim foi visto voltando do Morro do Frota e não havia motivo para ele ter ido ao local. A polícia acredita que ele tenha ido para levar os objetos e preparar o ambiente do crime.

— Joaquim trabalhava com garimpeiro, em uma pedreira. Ele tinha acesso a explosivos e sabia manuseá-los, disse o delegado responsável pelo caso, Bruno Costa e Silva.