Um industriário de 54 anos recuperou 93% do pigmento de sua pele após um divórcio, tendo vivido por anos com 98% do corpo afetado pelo vitiligo. O dermatologista Paulo Luzio, especialista na doença, atribui essa recuperação a fatores psicológicos.
Vitiligo, caracterizado pela perda de coloração da pele devido à diminuição ou falta de melanina, pode ser influenciado por doenças autoimunes, genética, exposição a substâncias químicas ou desequilíbrios neuroquímicos. No caso do industriário, o vitiligo estava associado ao emocional.
As manchas começaram a surgir em 2007, durante um casamento de sete anos. Após consultar o dermatologista Paulo em 2009, foi identificado que o vitiligo poderia estar relacionado ao estresse causado pela relação conjugal. O homem relatou que a ex-esposa era ciumenta e desconfiada, gerando ansiedade e nervosismo.
O divórcio, concretizado em 2022, foi um passo difícil devido aos filhos, mas um mês após a separação, as manchas desapareceram significativamente, restando apenas 5% do corpo afetado. Ele continua com tratamento medicamentoso e acompanhamento psicológico, gerenciando novos desafios, como o afastamento dos filhos.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) estima que 1% da população mundial tem vitiligo, afetando mais de 1 milhão de brasileiros. Além das manchas, a condição pode causar sensibilidade ao sol e alterações no cabelo, mucosas e unhas. O diagnóstico é clínico, feito por dermatologistas.
A recuperação da cor da pele pode ser estimulada com medicamentos ou cirurgia, dependendo da capacidade da pele de recuperar a pigmentação. O tratamento psicológico é fundamental para pacientes com vitiligo psicossomático, pois doenças psicossomáticas são influenciadas por estresse, ansiedade e emoções negativas, conforme explica a psicóloga Carla Ribeiro de Oliveira.
Com informações do Portal G1