IBGE MOSTRA QUE 70% DOS BRASILEIROS FICAM SEM DINHEIRO ANTES DO FIM DO MÊS

www.aindahoje.comO salário é pouco, as contas são altas, e alguns admitem que não sabem administrar o próprio dinheiro. Um terço dos entrevistados tem alguma dívida, enquanto 77% disseram que estão com as contas em dia.
Uma pesquisa do IBGE revela: as contas são tantas que o salário de sete em cada dez brasileiros não dura até o fim do mês.Trinta dias. Parecem uma eternidade quando o salário acaba bem antes do fim do mês.
“Nem três direito. Acho que no mesmo dia já acaba”, conta.
“Uns 15 dias”. É a situação da maioria das pessoas ouvidas em uma pesquisa feita pelo Ibope. De cada 10 brasileiros, 7 disseram que o salário nem sempre dura até o fim do mês. Os motivos são vários: o salário é pouco, as contas são altas, e alguns admitem que não sabem administrar o próprio dinheiro. Quando ele acaba, o brasileiro vira mestre na arte de driblar o orçamento até o próximo pagamento.
“A gente faz milagre. Tem que fazer milagre”, brinca.
“Vai esticando daqui, estica dali, até chegar o próximo pagamento”. Um terço dos entrevistados tem alguma dívida, enquanto 77% disseram que estão com as contas em dia. O problema é que depois de pagar todas as despesas, o dinheiro acaba, e o mês está só começando.
Só a prestação do carro do contador Hélvio da Silva leva 35% do que ele ganha. E estratégia é empurrar o que dá para o mês seguinte. “A conta de telefone funciona da seguinte forma: ela vence todo o dia 1º.
Faltando dois dias para o dia primeiro, a gente quita aquela e o telefone fica normal recebendo a ligação”, explica.


E quando nem toda a ginástica financeira resolve, ele apela para o patrão: “A gente pede um adiantamento, alguma coisa assim, para terminar o mês”, conta. E sabem qual a profissão do Hélvio? Ele é contador, mas reconhece: não sabe gerenciar o próprio dinheiro. O especialista Luiz Felizardo ajuda: o primeiro passo é resistir às compras por impulso e controlar o orçamento na ponta do lápis.
“Anotar todas as suas despesas em um caderninho, por menor que elas sejam, despesa de passagem, de ônibus, cinema, o que for. Quando chegar no fim do mês você vai dizer: ‘Gastei tudo isso?’”, afirma. Ele também ensina a fazer um cálculo: comprometer, no máximo, 70% com contas e prestações, reservar 30% para despesas extras e, se possível, poupar metade dessa quantia.