Investigadores da 22ª Delegacia de Simões Filho libertaram, na tarde da última quinta-feira, um interno do Centro de Recuperação para Dependentes Químicos Refúgio Forte, na rua do Tombador, no distrito de Góes Calmon, em Simões Filho.
De acordo com o delegado Rogério Pereira, titular da unidade policial, o rapaz, que não teve o nome revelado, era torturado e mantido em cárcere privado dentro da clínica.
O proprietário do centro de recuperação, Alex Sandro Silva dos Santos, 33 anos, e os funcionários, André Luís Santana Ferreira, 27, Jalisson Luís de Oliveira, 30, e Márcio Martins de Oliveira, 35 – conhecido como Paulista – foram detidos. Eles negam o crime.
“Já estávamos investigando, havia muitas denúncias. Mas, ontem (quinta-feira), o tio de um interno esteve aqui e disse que o sobrinho estava sendo impedido de deixar o local e vinha sendo agredido fisicamente”, informou o delegado Pereira.
O titular da 22ª Delegacia ainda revelou que, embora os suspeitos neguem as agressões, o rapaz tinha várias escoriações pelo corpo e foi encaminhado para fazer exame de corpo de delito.
O espaço, segundo o delegado, funciona de forma precária e sem higiene.”É um lugar que não tem condição de abrigar pessoas. Dizem que é uma clínica terapêutica, mas não dispõe de médicos, psicológos e psicoterapeutas. Que tipo de tratamento é esse?”, indagou.
Atualmente, cerca de 60 pessoas estão abrigadas no centro, que está localizado em um terreno alugado, mas não possui alvará de funcionamento. (A tarde)
