Uma Seleção sem alma. Está certo que o técnico Dunga perdeu, por lesão, jogadores titulares – Danilo, Luiz Gustavo, Marcelo e Oscar – antes da Copa América. Neymar também acabou suspenso. Messo assim, é inexplicável o quanto o Brasil conseguiu ser apático na competição.
O time fez até um bom primeiro tempo contra o Paraguai, na gelada noite de sábado, em Concepción, pelas quartas de final do torneio sul-americano. Porém, se afundou no segundo. O 1 a 1 do placar, gols de Robinho e González, levou a disputa da vaga para a semifinal para os pênaltis.
E o que aconteceu? Éverton Ribeiro e Douglas Costa desperdiçam suas cobranças e, como na edição 2011, os paraguaios eliminaram (4 a 3) a Seleção. A torcida rival comemorou com gritos de “Ih, fuera, Ih fuera”!
Paraguai e Argentina se enfrentam na terça-feira, também em Concepción, para chegar à final da Copa América.
O jogo
Se muitos cobravam mais jogo coletivo da Seleção, a resposta veio no primeiro tempo. Atuando de forma compacta e tomando as rédeas do duelo, o time de Dunga dominou as ações. Tanto que Robinho abriu o marcador logo aos 15 minutos, aproveitando ótimo cruzamento de Daniel Alves.
Com a vantagem, os canarinhos atuaram ainda com mais calma e administraram o placar. Os paraguaios pouco assustaram a meta de Jefferson. Foram os melhores minutos da equipe nesta Copa América. Robinho, Filipe Luís e Willian assumiram a responsabilidade e se movimentaram bem.
Time desapareceu
Na segunda etapa, o cenário mudou totalmente. O Brasil esperou pelo Paraguai, em busca de um contra-ataque. Não deu certo e a Seleção desapareceu em campo. Os rivais cresceram e o empate veio com González, aos 24 minutos, em cobrança de pênalti após Thiago Silva colocar a mão na bola dentro da área. O lance foi muito parecido ao que o defensor se envolveu no duelo entre Paris Saint-Germain e Chelsea, pela Champions League.
Assim, a decisão da vaga foi para os pênaltis. Éverton Ribeiro e Douglas Costa desperdiçaram suas cobranças e o Brasil voltou para casa! Uma Copa América para se esquecer!