Google pode ser forçado a vender o Chrome após julgamento histórico nos EUA

O Google enfrenta um dos julgamentos mais importantes de sua história, com potencial para abalar profundamente seu modelo de negócios e até levar à venda do navegador Chrome. As audiências começaram nesta segunda-feira (21/4), na Corte Distrital de Washington, EUA, e devem se estender por três semanas.

O foco do processo é o suposto monopólio da gigante da tecnologia no setor de buscas. O juiz federal Amit Mehta já havia decidido, em agosto de 2023, que o Google violou leis antitruste ao manter seu buscador como padrão em smartphones e navegadores mediante pagamentos bilionários — que somaram US$ 26 bilhões, dificultando a entrada de concorrentes.

Agora, a Justiça avalia quais medidas corretivas devem ser aplicadas, incluindo a possibilidade de desmembramento da empresa. A venda do navegador Chrome, hoje líder absoluto no segmento, é uma das ações mais radicais que podem ser impostas.

O Google reagiu com firmeza. “A proposta do Departamento de Justiça ignora a cautela que a Suprema Corte recomenda para medidas antitruste”, disse Lee-Anne Mulholland, executiva da empresa, em nota divulgada no domingo (20/4). A companhia já indicou que irá recorrer se houver decisão desfavorável.

Em paralelo, a Meta (dona de Facebook, Instagram e WhatsApp) também está na mira da Justiça americana, respondendo por ações similares que questionam sua expansão por meio de aquisições estratégicas.

O resultado desse julgamento pode redefinir as regras do jogo no ambiente digital global, afetando bilhões de usuários e empresas ao redor do mundo.

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