Atualmente, as distribuidoras são obrigadas a adicionar 14% de biodiesel ao diesel antes da comercialização nos postos
O biodiesel, apontado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como estratégia para conter a alta no preço dos alimentos, tem sido alvo de críticas no setor de combustíveis, que alerta para o crescimento das fraudes e cogita solicitar a suspensão da obrigatoriedade de sua mistura ao diesel derivado do petróleo.
Em 2024, o preço do biodiesel teve uma alta significativa, passando de cerca de R$ 4 por litro no início do ano para R$ 6,53 em novembro. No entanto, no começo de fevereiro, apresentou uma leve redução, sendo comercializado a R$ 6,08 por litro, conforme dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).
No mesmo período, o diesel de petróleo foi vendido pelas refinarias brasileiras a uma média de R$ 4 por litro. A grande disparidade de valores tem influenciado o preço final do diesel nas bombas e, segundo distribuidoras, incentivado fraudes na mistura do combustível.
Adição de biodiesel obrigatória
Atualmente, as distribuidoras são obrigadas a adicionar 14% de biodiesel ao diesel antes da comercialização nos postos. A partir de março, esse percentual subirá para 15%. Diante desse cenário, o setor argumenta que o lucro gerado pela comercialização de diesel sem a adição do biocombustível pode chegar a aproximadamente R$ 0,30 por litro.