Fora de cena, Cunha responderá processos

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Foto: Lula Marques / Agência PT

Demorou, mas afinal desmoronou a “tranqüilidade” de Eduardo Cunha, por decisão em liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori  Zavascki, que o apeou nesta quinta-feira (5) da condição de deputado e presidente da Câmara Federal. Seguramente, é e permanecerá sendo o político mais detestado da República pela sua arrogância, além de formar um grupo de seguidores de terceira categoria na Câmara, que fazia o que determinava. Tido como um dos maiores corruptos do País (dentre muitos) foi o procurador Geral da República, Rodrigo Janot, que encaminhou ao STF nada menos de 11 desvios por ele cometidos, passando a responder a processos em diversas instâncias.

A queda de Cunha que era esperada para hoje à tarde, levou o ministro Zavascki a se adiantar por estar em suas mãos um pedido feito em dezembro de 2015 pela Procuradoria Geral da República. Distanciado do seu mandato de parlamentar e da presidência da Câmara, ele comandou o processo de impeachment de Dilma Rousseff, e nesta manhã acabou por fazer uma bondade inesperada ao possível presidente Michel Temer, que agora fica livre dele. Era tudo o que queria. Seria um estorvo para sua possível presidência, na medida em que Cunha era freqüentador assíduo do Palácio do Jaburu, onde constantemente era visto. A limpeza do País, assim, está sendo comandada pelo STF e certamente a derrocada do agora ex-presidente da Câmara terá repercussão internacional porque era exatamente o que se desejava. É um motivo a mais para se entender que este processo de limpeza, iniciado a partir da Lava-Jato, não tem volta. Falta ainda desmantelar a corrupção política dentro do Congresso que afronta a nação. Chegará a hora que acontecerá.