ESTUDO DEFENDE TESTE MAIS PRECISO EM BOLSAS DE SANGUE

Estudo inédito sobre o cenário das transfusões de sangue no Brasil revelou que o risco de se contrair hepatite B por contaminação da bolsa de sangue é de uma pessoa para 30 mil doações. O risco é cinco vezes superior ao de se contrair hepatite C e Aids, cujas proporções são de um contaminado para 150 mil doações.  O trabalho foi apresentado ontem pelo médico Silvano Wendel, diretor do banco de sangue do Hospital Sírio Libanês e presidente da Sociedade Internacional de Transfusão de Sangue, no congresso da entidade, em Cancún, no México. Wendel fez um levantamento nos serviços que realizam os testes NAT (sigla em inglês para teste de ácido nucleico) nas bolsas de sangue. 
Esse exame reconhece o material genético do vírus e detecta a sua presença mais cedo no organismo. O teste convencional (Elisa) só informa a presença do vírus se o organismo já estiver produzindo anticorpos – o que pode ocorrer 70 dias depois da infecção, dependendo do vírus.