Editorial parte 2, política brasileira e a sua representatividade.

10816081_601062793329102_1277484736_nEm um dos seus artigos publicados o Pe. Nestor Eckert traz a seguinte análise sobre a nossa representatividade política.

A democracia dita representativa está tremendamente em crise e não é nada representativa, nem mesmo estatisticamente. Tanto em nível municipal, estadual como federal ela é uma aberração. Os que estão exercendo o poder Legislativo representam um número muito pequeno de eleitores. Basta um exercício elementar de estatística, somando os votos dos que são vereadores ou deputados hoje “legítimos representantes”, e veremos que essa soma de votos não alcança, em nenhum município ou Estado, os votos de 30% dos eleitores. Que representatividade é essa? São representantes de pequenos grupos de interesse e de pressão. E que, efetiva, garantida e eficazmente cobram ações dos eleitos para que seus interesses sejam plenamente atendidos.

Essa análise reflete o nosso quadro político atual, eleitores não politizados e desenformados “vendem” seu voto por bens materiais e favores especiais. Umas práticas bastante comuns apesar da criminalização do ato em período de eleições costumam-se dizer “não vão fazer nada mesmo”, “vão roubar tenho que tirar o meu”. O que se esperar então de pessoas que vendem seu voto e ainda pior o que podemos esperar dos políticos que compram?

Os eleitores comuns não se baseiam a sua escolha política por candidatos que apresentem melhores propostas de governo, ou que possuam uma vida política honesta. Em sua maioria votam por simpatizar pelo partido “tal”, por algo tipo de ideologia, por revolta e protesto ou para manter privilégios.

Onde está o problema?

Permitindo-me uma breve análise o problema da “politicagem” brasileira é um mal enraizado, na cultura do “farinha pouca meu pirão primeiro”, falta de educação formal e política e a ausência de consciência moral e ética. Em resumo os eleitores brasileiros não têm a consciência que a sociedade em que vive é composta de um “todo”, ou seja, se ela está ruim para determinado grupo. Poderá com certeza ser bem pior para tanto outros.

Se o caos se instala as conseqüências ruins alcançará a todos, pois teremos menos saúde, segurança, educação etc. Pois não vivemos em redomas ou em campos de força, vivemos em uma comunidade, logo seremos todos afetados.

Então não adianta ficar criticando e colocando a culpa na corrupção política, políticos vendidos, obras super faturadas, mensalão, fraudes etc., precisamos extirpar o câncer pela raiz. É possível sim mudar essa realidade, no entanto necessitaremos de muita luta, melhorias nas bases educacionais, resgate de valores morais e éticos fundamentais ao trabalho de conscientização, pra tanto sejamos sinceros mudança requer tempo e no nosso caso requer uma boa quantia tempo para que possamos colher frutos dessas mudanças.

Prof.ª Luz Andréa