Doméstica mantida em condições análogas a escravidão por 44 anos em Porto Seguro será indenizada em R$ 500 mil

Caso chocante revela abusos enfrentados por uma trabalhadora doméstica em Porto Seguro

Atualmente, a mulher está empregada com carteira assinada, vive em um imóvel alugado e estuda à noite para se alfabetizar. Ela também está vivendo seu primeiro relacionamento amoroso. Enquanto os filhos da ex-patroa se preparam para vender dois imóveis para pagar a indenização, eles mantêm um pagamento mensal de um salário mínimo.

Camilla Mello, procuradora do MPT que acompanhou o caso, afirmou que, apesar de nenhum valor poder compensar o que a mulher passou, o acordo proporciona uma oportunidade de reconstruir sua vida dignamente. O MPT abriu um inquérito para investigar a situação e, após tentativas frustradas de acordo extrajudicial, decidiu ingressar com uma ação civil pública.

No acordo homologado pela Justiça do Trabalho, os empregadores não admitem culpa, mas se comprometem a pagar a indenização e a regularizar a carteira de trabalho da mulher.