Do fundo do mar ao topo do mundo: Monte Everest guarda fósseis marinhos em seu cume

O Monte Everest, conhecido por ser o ponto mais alto da Terra, com 8.848 metros de altitude, guarda um segredo impressionante: ele já esteve submerso no fundo do mar. Essa revelação vem de estudos geológicos que identificaram fósseis marinhos no topo da montanha, evidenciando um passado surpreendente para a maior elevação do planeta.

Entre os fósseis encontrados no cume do Everest estão trilobitas e braquiópodes – pequenos animais marinhos que habitaram os oceanos durante o período Ordoviciano, há aproximadamente 450 milhões de anos. Esses vestígios foram identificados em camadas de calcário sedimentar conhecidas como Calcário de Qomolangma, nome tibetano do Everest.

Naquela época, a região onde hoje se encontra a imponente montanha estava submersa no antigo oceano de Tethys. Foi apenas milhões de anos depois, com o movimento das placas tectônicas, que o cenário começou a mudar drasticamente. A colisão entre a placa indiana e a placa euroasiática impulsionou a formação da Cordilheira do Himalaia, erguendo os antigos sedimentos marinhos a alturas extremas.

O processo, que ainda continua em andamento, é resultado direto da dinâmica da crosta terrestre, demonstrando como a natureza pode transformar completamente a geografia do planeta ao longo do tempo.

A presença de fósseis no topo do Everest não é apenas uma curiosidade, mas também uma prova concreta das forças geológicas que moldam a Terra. Ela nos lembra que, por mais estáveis que as montanhas pareçam, tudo está em constante transformação no planeta azul.

🧭 Curiosidade que conecta ciência e história: quem vê o Everest como o “teto do mundo” dificilmente imagina que, um dia, ele foi apenas mais um pedaço do fundo do mar.