A crise das urgências e emergências no país é sistêmica. A falta de leitos, nas Unidades de Terapias Intensivas, materiais básicos como curativos e higienes, são alarmantes em todo pais. A Santa Casa de Misericórdia de Valença vem engrossando as fileiras de hospitais que prestam assistência pelo SUS, e que estão em estado de calamidade. Problemas que vão desde infra-estrutura precária até as más condições de higiene e conservação de materiais, problemas graves que ferem a dignidade e os direitos dos cidadãos brasileiros, previstos na Constituição Federal Brasileira.
Pacientes colocados em macas enferrujadas, lençóis encardidos, lixo pelo chão, aranhas nos cantos das paredes, vidros sujos, equipamentos médicos sucateados, colchões velhos, infiltrações, fiação elétrica inadequada, banheiros sem a mínima condição de uso, insetos pelo chão etc. Não saberei dizer o por quê ou mesmo de quem é a culpa pelo estado degradante em que se encontra a Santa Casa de Valença!
Em recente visita ao referido hospital, pude notar que este, aparentemente ainda vem passando até o momento por reformas. Mas como podemos constatar o estado de “saúde” do hospital é grave. Sempre cheia, a Santa Casa de Valença, é líder de reclamações recorrentes de os pacientes da rede pública de saúde: A falta de profissionais médicos em certas especialidades, demora excessiva nos atendimentos, falta de aparelhos e medicações, consultas rápidas e ineficientes, enfermarias quentes e desconfortáveis etc.
Como uma das explicações para o atendimento tumultuado e precário, ouvimos afirmações que a Santa Casa de Valença, atende pacientes de toda a região: Cairu, Teolândia, Nilo Peçanha, Taperoá e outras cidades circunvizinhas, o que dificulta e torna os recursos financeiros recebidos quase que insuficiente para atender a todos. Sabe-se que para uma melhoria do nível de qualidade da assistência médica da Santa Casa, é necessário um acompanhamento cuidadoso dos indicadores que apontam, cada dificuldade, particularizar as situações mais emergentes, buscar soluções para o problema estrutural, elaborar balanços precisos para que se possa adequar demanda à disponibilidade e assim distribuir melhor os recursos que se tem em mão. No entanto o que vemos e sentimos é o feito do caos. Falta o mínimo, como medicamento prescrito pelo médico ao internado, que muitas vezes são comprados pelos parentes dos pacientes!
Chega de buscar soluções com base no achismo, subjetividade, todo mundo sabe que falta tudo, mas quem são os gestores que estão à frente? Quais são os responsáveis pela administração e funcionamento da Santa Casa de Misericórdia de Valença? Os munícipes precisam está a par do que vem sendo feito de efeito na melhoria do atendimento de saúde no referido hospital. Urge a necessidade de informações, esclarecimentos precisos a cerca de como se encontra a “saúde” da Santa Casa de Valença.
A população está cansada de pequenas reformas para maquiar o “câncer” que vem matando a muitos e por muitos anos. Como por exemplo, a rampa feita no Pronto socorro, é irregular e um cadeirante não poderia subi – lá, já que certamente cairía para trás; a reforma feita no seu interior, onde os bancos de madeiras desconfortáveis permaneceram, o desconforto é permanente; diversos mini box com diferentes funções foram feitos, espremendo os pacientes que ali são assistidos.
Pior mesmo é a total falta de humanização no atendimento aos pacientes, profissionais insatisfeitos com as condições precárias de trabalho, presta o serviço de baixa qualidade, o que gera insatisfação e medo nos assistidos. Podemos também citar o risco de saúde que os internados estão expostos, já que lixos ficam expostos a céu aberto nas enfermarias, banheiros com pisos escorregadios, paredes com lodos e limos, equipamentos remendados, equipamentos com mau funcionamento, falta de lençóis e vestuários hospitalar, chuveiros e fiações velhas e inadequadas, vasos sujos, ralos abertos, mau cheiro insuportável, pacientes que se lamentam em cima de camas sucateadas, profissionais de enformagens que tentam amenizar a dor, outros que a ignoram. Esta é a situação da “saúde” da Santa Casa de Valença.
Algo precisa ser feito de imediato! As autoridades locais, os representantes eleitos precisam tomar uma atitude que ajude a sanar esta cruel realidade. Até quando vamos vê os nossos morrerem de forma tão desumana e indigna? A população Valenciana merece respeito. Todos os pacientes da Santa Casa merecem respeito. O cidadão merece respeito!
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