Defesa de Braga Netto acusa Mauro Cid de mentir em delação à PF

O advogado José Luiz Mendes de Oliveira Lima, responsável pela defesa do general Walter Braga Netto no inquérito sobre a tentativa de golpe em 2022, acusou o tenente-coronel Mauro Cid de mentir em seu acordo de delação premiada com a Polícia Federal. A declaração foi feita durante sustentação oral no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo Lima, o vídeo apresentado por Cid para associar Braga Netto aos atos antidemocráticos em frente a quartéis do Exército não tem relação com as manifestações. “Era de um encontro no Palácio da Alvorada com seis pessoas. Não tinha nenhuma ligação com os protestos. Isso ficou evidente. Até a denúncia reconheceu o equívoco”, afirmou.

A defesa do general pediu a anulação da delação de Cid, apresentando quatro argumentos. Entre eles, a ausência de voluntariedade no acordo, que teria sido feito, segundo o próprio Cid, sob coação da Polícia Federal. “Isso está nos autos, em conversas vazadas do delator”, destacou.

Outro ponto levantado foi o fato de o acordo ter sido homologado sem a anuência da Procuradoria-Geral da República (PGR), que se manifestou contrária à sua celebração.

Por fim, o advogado ressaltou que, em grande parte dos depoimentos de Mauro Cid, o nome de Braga Netto sequer foi mencionado, mesmo com acusações de que ele teria financiado um plano de golpe de Estado.

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