O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou na noite desta quarta-feira (9) que não haverá votações na Casa até que o Supremo Tribunal Federal (STF) tenha uma posição definitiva sobre a tramitação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Para justificar a postura, Cunha apontou que os partidos estão interessados em obstruir votações, no aguardo de uma decisão final do STF. O dirigente criticou ainda a decisão liminar do ministro Luiz Edson Fachin, num caso de recurso incidental sobre Arguição por Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF). No entanto, Eduardo Cunha disse que respeita a decisão do STF e avalia que ela vai atrasar todos os procedimentos em torno do pedido de impeachment, em um efeito contrário aos governistas que defendem celeridade no processo. Fachin suspendeu a tramitação do pedido de impeachment até a próxima quarta-feira (16), quando o plenário da Corte deverá julgar a ação do PCdoB.