A busca por uma vacina contra o coronavírus continua sendo uma preocupação global. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 100 projetos de imunizantes estão em andamento e, entre eles, existem algumas iniciativas brasileiras. Uma delas é da Universidade de São Paulo (USP) e, de acordo com os pesquisadores, o formato dessa vacina será não por injeção, mas por spray nasal.
A universidade explica que esse método de imunização já foi testado contra a hepatite C em camundongos e teve resultados positivos, sendo agora uma nova aposta no combate ao novo coronavírus. A vantagem é que esta vacina seria totalmente indolor para a população, sendo uma opção mais prática e menos desconfortável.
Vacina brasileira contra o coronavírus
Segundo os especialistas da USP, para produzir a vacina, foi inserida uma proteína do vírus em um nanopartícula, formada a partir de um substrato natural. O produto resultante é aplicado nas narinas, onde a substância fica instalada por quatro horas – tempo suficiente para o corpo humano ter uma resposta imunológica.
O que se espera do indivíduo, então, é que seu corpo passe a produzir um anticorpo para combater o vírus: a IgA Secretora, que pode ser encontrada na saliva, nas lágrimas, no trato respiratório e até mesmo no útero.
Por enquanto, estima-se que, para garantir essa imunização, seriam necessárias quatro doses do spray nasal, sendo duas em cada narina, com intervalos de tempo de duas semanas.
Além disso, a instituição declarou que os protótipos desta vacina devem ficar prontos em cerca de três meses. Só então serão iniciados os testes em animais para confirmar a resposta imunológica – ou seja, uma imunização definitiva pode ficar pronta apenas em 2021.