O ex-presidente do Banco Central, Arminio Fraga, causou polêmica neste fim de semana ao sugerir o congelamento do salário mínimo por seis anos como solução para conter o que classificou como “descontrole nos gastos públicos” no Brasil. A declaração foi feita durante a Brazil Conference, evento realizado por estudantes brasileiros da Universidade Harvard e do MIT, nos Estados Unidos.
Segundo Fraga, a medida seria um caminho “duro, porém necessário” para reequilibrar as contas públicas. “Uma boa e mais fácil seria congelar o salário mínimo por seis anos”, afirmou, citando a Previdência Social e a folha de pagamento do setor público como os maiores responsáveis pelo rombo nas contas do governo.
“Congela o salário mínimo, que não é palatável, mas não dá para fazer o salário mínimo ficar crescendo 2,5% nessas circunstâncias”, disse o economista, acrescentando que isso somado à redução de gastos tributários poderia resultar em economia de até 3% do PIB.