Congelamento do salário mínimo por 6 anos? Proposta polêmica de Arminio Fraga repercute após fala nos EUA

O ex-presidente do Banco Central, Arminio Fraga, causou polêmica neste fim de semana ao sugerir o congelamento do salário mínimo por seis anos como solução para conter o que classificou como “descontrole nos gastos públicos” no Brasil. A declaração foi feita durante a Brazil Conference, evento realizado por estudantes brasileiros da Universidade Harvard e do MIT, nos Estados Unidos.

Segundo Fraga, a medida seria um caminho “duro, porém necessário” para reequilibrar as contas públicas. “Uma boa e mais fácil seria congelar o salário mínimo por seis anos”, afirmou, citando a Previdência Social e a folha de pagamento do setor público como os maiores responsáveis pelo rombo nas contas do governo.

“Congela o salário mínimo, que não é palatável, mas não dá para fazer o salário mínimo ficar crescendo 2,5% nessas circunstâncias”, disse o economista, acrescentando que isso somado à redução de gastos tributários poderia resultar em economia de até 3% do PIB.

A fala gerou reações acaloradas nas redes sociais e em meio a especialistas, que apontam impactos negativos para a população mais pobre e o risco de aumento da desigualdade.

📊 Hoje, o salário mínimo no Brasil é de R$ 1.518, com previsão de chegar a R$ 1.627 em 2026, segundo o governo federal. Pela regra atual, o reajuste deve considerar a inflação do ano anterior e o crescimento do PIB de dois anos antes, com aumento real limitado entre 0,6% e 2,5% ao ano.

Fraga comparou a situação fiscal do país à de um “paciente na UTI” e defendeu reformas drásticas. Para ele, os gastos com aposentadorias e funcionalismo, que hoje representam cerca de 80% do orçamento, deveriam ser reduzidos para 60%.


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