Confira as imagens da festa do Dois de Julho em Salvador

Data que celebra a Independência do Brasil na Bahia tem como tema ‘Patrimônio do Povo’.

Grupo de fanfarra no desfile cívico ao Dois de Julho, em Salvador — Foto: Alan Oliveira/G1

Grupo de fanfarra no desfile cívico ao Dois de Julho, em Salvador — Foto: Alan Oliveira/G1

Imagem do Caboclo, um dos símbolos dos festejos do Dois de Julho — Foto: Alan Oliveira/G1

Imagem do Caboclo, um dos símbolos dos festejos do Dois de Julho — Foto: Alan Oliveira/G1

Imagem da Cabocla, que junto com o Caboclo, compõe os símbolos dos festejos do Dois de Julho, em Salvador — Foto: Alan Oliveira/G1

Imagem da Cabocla, que junto com o Caboclo, compõe os símbolos dos festejos do Dois de Julho, em Salvador — Foto: Alan Oliveira/G1

Público lota região da Lapinha da festa da Independência do Brasil na Bahia — Foto: Alan Oliveira/G1

Público lota região da Lapinha da festa da Independência do Brasil na Bahia — Foto: Alan Oliveira/G1

Pavilhão Dois de Julho na Lapinha, em Salvador — Foto: Alan Oliveira/G1

Pavilhão Dois de Julho na Lapinha, em Salvador — Foto: Alan Oliveira/G1

Vice Governador da Bahia, João Leão; Presidente da Alba, Nelson Leal e o prefeito de Salvador, ACM Neto participaram do hasteamento da bandeira — Foto: Alan Oliveira/G1

Vice Governador da Bahia, João Leão; Presidente da Alba, Nelson Leal e o prefeito de Salvador, ACM Neto participaram do hasteamento da bandeira — Foto: Alan Oliveira/G1

Cortejo cívico saiu da Lapinha e segue até a Praça Municipal, onde fica a prefeitura e Câmara de Vereadores de Salvador — Foto: Alan Oliveira/G1

Cortejo cívico saiu da Lapinha e segue até a Praça Municipal, onde fica a prefeitura e Câmara de Vereadores de Salvador — Foto: Alan Oliveira/G1

Jovens que integram grupo percussivo se arrumando antes do cortejo no festejo ao Dois de Julho em Salvador — Foto: Alan Oliveira/G1

Jovens que integram grupo percussivo se arrumando antes do cortejo no festejo ao Dois de Julho em Salvador — Foto: Alan Oliveira/G1

Cortejo cívico saiu da Lapinha e segue até a Praça Municipal, onde fica a prefeitura e Câmara de Vereadores de Salvador — Foto: Alan Oliveira/G1

Cortejo cívico saiu da Lapinha e segue até a Praça Municipal, onde fica a prefeitura e Câmara de Vereadores de Salvador — Foto: Alan Oliveira/G1

A proclamação da independência do Brasil ocorreu em 1822, mas os portugueses não aceitaram o processo de prontidão. Essa resistência gerou alguns conflitos os quais levaram Dom Pedro I a organizar um exército pró-independência para expulsar de vez os portugueses das terras brasileiras. D. Pedro enviou mensageiros às fazendas para recrutar voluntários e angariar fundos para essa missão. Numa dessas fazendas, Serra da Agulha, Bahia, vivia Maria Quitéria de Jesus, a primeira mulher a assentar praça em uma unidade militar brasileira.

Maria Quitéria nasceu entre os anos de 1792 e 1797 no arraial de São José de Itapororocas, Bahia. Filha de Gonçalo Alves de Almeida e Quitéria Maria de Jesus, Maria perdeu sua mãe aos 10 anos. Sua relação com a terceira esposa de seu pai não era amistosa, o que levou Maria a passar a maior parte de seu dia fora de casa. Sendo assim, ao invés de aprender atividades voltadas à mulher do século XIX (como costurar e bordar), aprendeu a montar cavalos e a manejar armas de fogo. Quando os mensageiros pró-independência chegaram à sua fazenda, a fim de receber patrocínio e recrutar combatentes, seu pai não colaborou. Mas Maria demonstrou interesse em fazer parte do exército. Seu pai, possesso, não concordou, mas ela, determinada, fugiu de casa e se alistou nas tropas. Para não gerar desconfiança, cortou o cabelo, pediu emprestado um uniforme e se apresentou ao Corpo de Caçadores com o pseudônimo de soldado Medeiros. Duas semanas depois, seu pai, que há tempos a procurava, descobriu seu paradeiro e a delatou ao major Silva e Castro, comandante de sua divisão. No entanto, Maria já havia feito fama entre os militares, em razão da sua bravura e habilidade, e o major não aceitou sua baixa.

O batalhão dos voluntários era conhecido como “Batalhão dos Periquitos”, em virtude da cor verde da gola e dos punhos do uniforme. Nesse batalhão, Maria se destacou nos combates de Conceição, Pituba, Itapuã e Barra do Paraguaçu, onde liderou um pelotão de mulheres, impedindo o desembarque de tropas portuguesas. O exército pró-independência conseguiu expulsar, de vez, os portugueses da Bahia em 2 de julho de 1823. Por conta de seus esforços, Maria foi homenageada por D. Pedro ao receber a medalha de “Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro”. D. Pedro, a pedido de Maria, pediu perdão ao pai da moça pela desobediência e Maria, perdoada, voltou pra casa.

Maria casou-se com Gabriel Pereira de Brito e tiveram uma filha, Luísa Maria da Conceição. No dia 21 de agosto de 1853, esquecida pela história, Maria faleceu. Cem anos depois, o Exército, na figura do Ministro da Guerra, rendeu-lhe uma homenagem: ordenou que todas as unidades militares passassem a ter um retrato de Maria Quitéria.

Por Demercino Júnior
Graduado em História

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