Coluna. Sociedade do espetáculo.

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Foto: Reprodução

Por. Marilene Oliveira de Andrade

Abre-se a cortina do picadeiro da dissimulação

Todos de olhos atentos para um mais um espetáculo

Sorrisos lúgubres escorrem maleficamente

Oriundos de uma sociedade hipócrita

Marcada pela presunção e a empáfia

As luzes sombrias escondem faces perversas

Esse espetáculo é a manifestação do mau humor social

Amarrotado pelas lágrimas insólitas.

 

A razão desse espetáculo é a morte e o não morrer

É a conservação de cadáveres vegetativos

De essência decomposta pelos vermes da corrupção

Que corroem silenciosamente a consciência alienada.

 

A sociedade fria gela a alma incandescente

Esse espetáculo é uma eterna guerra do eu e o outro.

O mundo real se dissolve entre os dedos

O tato não contém mais a sensibilidade.

 

Chega-se ao fenecimento desse espetáculo ignóbil

E, todos com rostos plissados,

Marcados pelo alarido fugaz.

Não! A sociedade do espetáculo!

Fecha-se a cortina!…

Sobre nossa colunista 

lene
Colunista. Marilene Oliveira de Andrade

 

Marilene Oliveira de Andrade é professora, poetisa, contista, cronista, letróloga, graduada em Letras Vernáculas pela Universidade do Estado da Bahia, graduada em Pedagogia e Especialista em Estudos Linguísticos e Literários pela Faculdade de Ciências Educacionais, Mestranda em Gestão de Políticas Públicas e Segurança Social pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, membro da Academia de Letras do Recôncavo. É autora de três livros de poesias e integra dezessete obras literárias publicadas por diversas editoras brasileiras. Muitas de suas produções literárias são divulgadas em vários países. Já fez parte de bancas julgadoras de concursos de poesias (BA e SP), venceu importantes concursos de poesia e redação e é organizadora da antologia literária titulada Eco antológico do meu ser.

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