Coluna. PARADOXO

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Foto reprodução

Por:  Marilene Oliveira de Andrade

Tão perto, tão distante

tão calma, tão atroz

sensível, embrutecida

às vezes forte, às vezes frágil

em algum momento amo intensamente

em outro, detesto ardentemente

me perco, me acho

seduzo e sou seduzida

canto e choro também

falo muito ou falo quase nada

abraço sem reserva, afasto sem piedade

ágil como uma corça

prudente como uma serpente

decidida, confusa

interessada, indiferente

delicada, selvagem

expansiva, tímida

feliz, padecente

livre,dependente

Afinal, quem eu sou de verdade?

Um pássaro que voa livre pelo infinito

Ou uma estrela presa no firmamento?