Por. Marilene Oliveira de Andrade
Assim, como milhões de brasileiros e brasileiras, que estão indignados e indignadas com a situação pela qual o Brasil encontra-se no momento, também faço parte dessa triste estatística.
Como posso pôr a mão no peito e cantar orgulhosamente o Hino Nacional? Como posso deitar eternamente em berço esplêndido se o meu país encontra-se atordoado em meio a vozes clamando por justiça? “A situação é grave”! Até quando meu Brasil terei que ver cenas tão esdrúxulas como essas que estamos vivenciando no cenário político e econômico? Oh! “Gigante pela própria natureza”! Está na hora de mostrar a tua força!
Parece até irônico cantarmos que os “Nossos bosques têm mais vida”. O desmatamento desenfreado e a ambição capitalista têm acinzentado a imagem do teu “formoso céu, risonho e límpido”. ”A imagem Cruzeiro resplandece”… Sim! A imagem do teu Cruzeiro resplandece e é vista diariamente por um número considerável de brasileiros e de brasileiras que madrugam em filas de postos médicos para conseguir uma ficha. O que deveria ser um espetáculo da natureza torna-se uma cena dolorosa. Enquanto isso, o Gigante encontra-se adormecido.
Cadê o penhor dessa igualdade? Perante a Constituição, somos todos (as) iguais, mas na prática prevalece “a lei do mais forte”, ou seja, do (a) privilegiado (a).
Não queremos paz apenas no futuro, muito menos, glória apenas no passado. Milhões de pessoas clamam por paz no presente. Não suportamos ver diariamente pessoas vitimadas por tantos tipos de violências, das mais cruéis possíveis. E agora Brasil?! Como dormir no berço esplêndido, enquanto teus filhos e tuas filhas dormem na fria calçada? Ouve, “Ó Pátria amada”! O brado retumbante daquelas pessoas silenciadas pela opressão, assustadas pelo medo e retraídas pela insegurança.
E agora Brasil?! Quando voltaremos a cantar orgulhosamente o teu Hino? Oh! “Gigante pela própria natureza”! Está na hora de mostrar a tua força! Os teus filhos não fogem à luta.
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PTN NEWS