Por: Rosemeire Cerqueira
Diante da crise que incontestavelmente assola o Brasil, muitos ainda não entenderam a gravidade do momento que vivemos.
O Partido dos Trabalhadores (PT), que está no poder há 12 anos culpa fatores externos pela grave crise econômica que assola o país e enfrenta graves acusações sobre casos de corrupção praticados pelo Partido. A presidenta Dilma Rousseff (PT), enfrenta uma severa queda no índice de popularidade depois do escândalo de corrupção envolvendo a Petrobrás e da série de medidas desastrosas que vem tomando na tentativa de conter a crise.
Os partidos aliados do governo brigam entre si buscando vantagens e benefícios próprios. A oposição não faz seu trabalho e compactua com o governo em muitas de suas decisões tornando-se, assim, apenas mais um responsável pela atual situação que atravessamos.
Enquanto isso, colhemos os frutos amargos dos disparates dos governantes. Todos os dias somos surpreendidos com mais um efeito da crise que, para nossa desgraça, parece afetar com maior severidade a parcela mais carente da população.
Energia elétrica mais cara, combustível mais caro, criação de mais impostos, corte de verba na educação, inflação, desvalorização do Real, etc. Estes são apenas alguns exemplos do resultado da crise que enfrentamos. Mas, pensar que não temos nada a ver com a crise é um equívoco que muitos cometem. Afinal, não pagamos conta de energia, nossos filhos não frequentam escolas públicas, não pagamos impostos, não utilizamos o Sistema Único de Saúde (SUS)? Se sua resposta é sim para estes questionamentos então, sim! Você está sentindo na pele os efeitos da crise e pagando muito caro por ela.
Enquanto trabalhamos para pagar uma conta que não foi feita por nós, nossos representantes estão saindo de férias, vivendo “ la vida loca”, descansando em suas belas mansões, viajando de primeira classe. E tudo isso custeado com o nosso “suado dinheiro”.
Medidas para superar a crise são tomadas, porém por ironia ou não, todas as medidas só afetam a população. Nenhuma delas afetam os nossos políticos, nossos governantes que continuam com seus altos salários, seus bons planos de saúde, seus filhos frequentando escolas particulares e, apesar de usufruírem de todos estes privilégios ainda têm o cinismo de proclamarem seus discursos hipócritas e mentirosos dizendo que estamos todos sentindo na pele o efeito da crise. Se um político inclui-se (usando o pronome pessoal NÓS) entre a parcela da população que sofre devido essa crise, no mínimo, atrevo-me a dizer que ele deveria voltar para a escola e aprender a usar de forma correta os pronomes.
Cortaram verba da educação, saúde, segurança. Claro, tudo para superar a terrível crise que vivemos. Entretanto, os salários exorbitantes dos políticos continuam os mesmos, os auxílios( paletó, viagens, alimentação, combustível, etc.) beiram a imoralidade, os números de cargos de confiança é impensável e o número de ministérios ( muitos criados para agradar os aliados do governo) é escandaloso.
Diante desses fatos nos resta fazer as seguintes reflexões, onde está a vergonha e a dignidade dos nossos representantes? Que tipo de justiça é essa que só pende para o lado do mais forte? Como podemos conceber que em plena crise o governo deixe escorrer pelo ralo milhões com gastos desnecessários? Que politica desonesta e podre é essa que parece nos ser imposta? Que governo é esse que inflige todo o peso de uma crise causada por eles à população que paga uma conta que não é diretamente sua?
Precisamos abrir os olhos e reagir contra as práticas desonestas institucionalizadas por nossos governantes.
Se passamos por um momento de crise e, precisamos sair dela então, que todos paguemos a conta. Que todos sintam na própria carne os efeitos de uma administração irresponsável e que os principais agentes da crise (OS POLÍTICOS) paguem por ela.
A crise que vivemos só será superada quando nossos governantes aprenderem a administrar bem a máquina pública, quando pararem de encher cuecas, meias, etc como nosso dinheiro, quando as leis forem aplicadas, quando a corrupção for punida e quando aprendermos a dar a resposta nas urnas.
Enquanto isso não acontecer, viveremos uma eterna crise política, econômica e social.
PTN NEWS.