Os trabalhos de resgate no Litoral Norte de São Paulo prosseguiram durante toda a madrugada desta segunda-feira. Muitas casas desabaram na região e há expectativa de encontrar pessoas ainda com vida. Riscos de novos deslizamentos de terra permanecem, pois o solo segue encharcado e instável e as chuvas devem continuar na região, embora com menor intensidade.
Equipes da Defesa Civil, do Exército, dos Bombeiros e da Polícia Militar seguem nas buscas por vítimas soterradas. Elas estão concentradas na região de Barra do Sahy e Camburi, em São Sebastião, município mais afetado por deslizamentos de morros e encostas. Até 22h45 de domingo foram confirmadas 36 mortes, 35 delas em São Sebastião — 31 em Barra do Sahy, duas em Juquehy, uma em Camburi e uma em Boiçucanga.
O município de Ubatuba registrou a morte de uma menina de 7 anos, atingida por uma pedra de 2 toneladas que atingiu a casa onde ela dormia com a família na madrugada de domingo.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o coordenador Estadual da Defesa Civil, Henguel Pereira, permanecem na região acompanhando os trabalhos e irão se reunir com representantes do governo federal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que visitará a área atingida nesta segunda, acompanhado do ministro da Integração, Waldez Góes (PDT); e do secretário nacional da Defesa Civil, Wolnei Wolff. A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), que está no Guarujá, na Baixada Santista, deve integrar a comitiva.
O governo de São Paulo liberou R$ 7 milhões para os trabalhos da Defesa Civil.
Maior tragédia da região
Lula afirmou ter conversado no domingo com o governador e com o prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto, garantindo apoio às vítimas e para obras de recuperação de acesso ao município. O prefeito afirmou que esta foi a maior tragédia ocorrida na região.