O Vitória é campeão baiano de 2024! Após vencer o Bahia no Barradão, de virada (3 a 2), o Leão foi até a Arena Fonte Nova neste domingo (7) e não se intimidou com a pressão exercida pela torcida tricolor. A equipe rubro-negra segurou um empate por 1 a 1 e pôde comemorar o título, que não conquistava desde 2017, dentro da ‘casa’ do arquirrival. Este é 30º troféu estadual da história do Rubro-Negro.
Brigado, truncado e agressivo. O Ba-Vi na Fonte Nova começou como todos imaginavam. Essa configuração favorecia o Vitória, que iniciou o clássico em vantagem no placar agregado e jogava por um empate. Por isso, o Bahia tratou de colocar a bola no chão e correr atrás do prejuízo. Empurrado por sua apaixonada torcida, o Tricolor controlou a posse e ditou o ritmo da partida nos primeiros minutos. Com uma trinca de volantes, o Rubro-Negro povoava o meio-campo e congestionava a entrada da área. Eis o desafio dos donos da casa: furar o bloqueio defensivo do arquirrival.
Apesar do ímpeto ofensivo e atmosfera favorável, o Bahia tinha de se preocupar com as descidas em velocidade do Vitória. Dito e feito. Durante alguns minutos, o Leão permaneceu no campo de ataque, acumulando laterais e escanteios. O famoso, foi “gostando do jogo”. Até que em bola rebatida pela zaga tricolor, Alerrandro ficou com a sobra na intermediária, finalizou e obrigou Marcos Felipe a espalmar. Na hora certa e lugar certo, Wagner Leonardo pegou o rebote e colocou os visitantes na frente.
O Bahia não se desesperou com o gol do Vitória e fez o arquirrival provar do próprio veneno pouco tempo depois. Aos 19′, Marcos Felipe efetuou reposição rápida após segurar escanteio do Leão e ligou com Biel, que arrancou em velocidade pela esquerda. O camisa 11 tabelou com Jean Lucas, foi até a linha de fundo e cruzou para o meio. Lucas Arcanjo espalmou e a bola se ofereceu a Éverton Ribeiro, que encheu o pé e acertou o ângulo. Contra-ataque de almanaque, golaço e tudo igual no Ba-Vi.
Antes bem postado, o Vitória sentiu o gol de Everton Ribeiro e se desorganizou na defesa. Melhor para o Bahia, que voltou a exercer pressão e encurralar o arquirrival. Entretanto, assim como no primeiro tento do jogo – quando o Tricolor era melhor – o time rubro-negro castigou a equipe de Rogério Ceni novamente. Em contragolpe veloz dos visitantes, Rezende derrubou Osvaldo na altura da meia-lua e, por ser o último homem, acabou expulso. Bahia com 10 em campo e tendo que reverter a vantagem do adversário.
A reta final do 1º tempo foi de trocação intensa. Resiliente, o Bahia não se entregou. Mas a desvantagem numérica falou mais alto e o Vitória, com Rodrigo Andrade, balançou as redes mais uma vez. Para alívio de Ceni e torcida tricolor, o gol acabou anulado por impedimento. Em lance muito ajustado, o volante rubro-negro foi flagrado à frente do penúltimo defensor.
Vitória ‘cozinha’ Bahia, é melhor no 2º tempo e conquista 30º título estadual de sua história
O Bahia iniciou a etapa complementar com um dilema: adiantar as linhas e partir para cima mesmo em desvantagem numérica ou segurar um pouco o ímpeto e aumentar o voluma na reta final? Bom, pelo menos nos primeiros minutos, o equilíbrio prevaleceu na postura tricolor. A equipe de Rogério Ceni não se lançou desesperadamente ao ataque, porém também não abriu mão da posse de bola. Já o Rubro-Negro, confortável em campo e no placar agregado, passou a jogar no erro do adversário. O objetivo era aproveitar os espaços cedidos e matar o confronto.
O tempo ia passando e o nervosismo tomando conta do Bahia. Passes errados, lançamentos forçados e faltas desnecessárias. O Tricolor pecava do meio-campo para frente e facilitava a ação defensiva do Vitória, que continuou explorando os contra-ataques. E em um desses contragolpes, Alerrandro por pouco não calou a Fonte Nova de vez. Lançado por Mathesusinho, o atacante saiu cara a cara com Marcos Felipe, tocou na saída do goleiro e acertou a trave.
Após o gol perdido por Alerrandro, Rogério Ceni foi para o tudo ou nada. Sacou o volante Caio Alexandre e mandou Ademir a campo, atendendo ao pedido da maioria presente no estádio. Em nada adiantou. Pelo contrário. A pressão do Bahia arrefeceu e o Vitória perdeu um caminhão de gols. Apesar da pontaria irregular, o Rubro-Negro não sofreu e confirmou o título estadual.
Maiores campeões baianos da história
Bahia – 50 títulos
Vitória – 30 títulos
Ypiranga – 10 títulos
Botafogo-BA – 7 títulos
Galícia – 5 títulos
Fluminense de Feira – 2 títulos
Fluminense de Salvador – 2 títulos
Atlético de Alagoinhas – 2 títulos
São Salvador – 2 títulos
*12 clubes possuem um título cada