“Se houver uma guerra nuclear, só vão sobrar baratas e barrigudinhos”, brincou um agente de saúde da prefeitura enquanto os pequenos peixes eram jogados numa piscina abandonada na sede do América Futebol Clube, na Tijuca, sexta-feira pela manhã. Resistentes, capazes de se reproduzir com facilidade mesmo na água suja, os exemplares da espécie Poecilia reticulada, conhecidos como lebistes, guppys ou barrigudinhos, também têm apetite voraz por larvas de mosquito. Não por menos, estes e outros peixes larvófagos se tornaram aliados de diferentes municípios em pé de guerra contra a proliferação do vilão Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chicungunha.
MUITO USADO NO NORDESTE
Cidades como Uberlândia e Alfenas, em Minas Gerais, ou Ipameri, em Goiás, vêm recrutando lebistes no combate ao inseto que se tornou inimigo público número 1. No início do mês, as pequenas Riacho das Almas e Itapetim, no sertão permabucano, anunciaram reduções drásticas em seus índices de infestação por Aedes depois de jogar peixes larvófagos em reservatórios que acumulam água para enfrentar a seca do Nordeste. (mais…)