Em uma fria noite de verão

Por: Marilene Oliveira Fim de expediente. Começo de noite. Trânsito congestionado. Pessoas apressadas dirigem-se ao ponto de ônibus. Todos lutam por um espaço. Crianças, adolescentes, jovens, muitos dispersos nas ruas. Talvez, vítimas de uma sociedade desigual. Apática. Sem nenhum medo ou receio, usam, vendem e partilham drogas. Rostos desfigurados, olhares sombrios. Diálogos confusos. Ficam prontos … Leia Mais


Mais respeito e amor, por favor!

Por Luzitânia Silva Como a pessoa metamorfoseada que sou, permito-me a discordância não raras vezes. Discordo inclusive de ter discordado de algo que opinei no passado e entendo que isso me torna um ser humano complexo e mutável. Falando nisto, lembro-me de ter dissentido de uma frase cantada e dita pelo saudoso Renato Russo: “A … Leia Mais


Mulher: Escrava dos seus medos, refém da sociedade

Rosemeire Cerqueira O papel da mulher na sociedade é uma construção histórica marcada pela submissão imposta que, até hoje, traz exposta as marcas das correntes que a manteve em cativeiro durante séculos e, mesmo estando em pleno século XXI, onde a liberação feminina é proclamada aos gritos e a igualdade de direitos é fato consumado ( … Leia Mais


Coluna. Apenas uma menina

Escirto por Luzitânia Silva Olhos rígidos fitavam o horizonte. O rosto pálido não mais lembrava a alegria de algumas horas anteriores. O tio… O convite… A casa na árvore… O bosque… A água doce… Motivos de júbilo se transformaram em tempestade com direito a raios e trovões de maneira brusca. A dor, o choro, a … Leia Mais


Coluna. Imprensa: a voz da sociedade

Pensar na historia do Brasil é pensar antes de tudo na importância da imprensa, seu papel decisivo nos acontecimentos políticos, econômicos e sociais ocorridos no contexto colonial. Mesmo diante da “lei do silêncio”, a imprensa jamais foi omissa aos fatos. Acredita-se que ela instigou as transformações sociais, incentivou o povo a lutar pelo ideário de … Leia Mais


Coluna. Eu, amante da vida

 

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Foto: reprodução.

Tento expor meus sentimentos através da poesia…,

tenho sonhos, desejos, medos e inquietações…

Sou como qualquer mortal, limitada e volúvel.

Às vezes, me perco na minha imaginação,

medrosa e assustada, tento voltar ao meu aprisco

e, como uma ovelha muda, oculto-me no meu silêncio.

                                               A inquietação me constrange,                           

 tento voar em outros céus, na busca do infinito.

Persistente, me lanço em outros mares, “à procura do meu

porto seguro, onde eu possa ancorar a minha nau”.

E, como uma amante incondicional da vida, sinto-me enamorada

das suas belezas e, o meu coração pulsa veemente.

Beijo o mar, com todo o seu encanto,

 e enlaço-me nas suas ondas profusas e envolventes.

Galanteio o sol, o reverencio e me sujeito aos seus pés.

Aprecio a lua solitária e fico extasiada com toda a sua candura e paixão.

E, com a alma cândida e sem mácula, posso voar mais leve,

 alcançando os lugares superiores.

Tento desenhar a vida na tela do meu coração,

falta-me a delicadeza, a leveza e a sensibilidade do pintor.

Não me acovardo e insisto nessa arte.

E, com um toque suave, artístico e bem intencionado,

começam a surgir os primeiros rabiscos.

Tento dar o máximo de mim e, com muita inspiração,

 intrepidez e de forma irrefutável,

concluo a minha arte bela, fascinante e majestosa:

minha paixão pela vida, pois ela, em sua essência,

é uma sublime poesia, a ser declamada diariamente

pelos que são apaixonados pelo milagre do nascimento.

PTN NEEWS


Coluna. “Peixe morre pela boca”

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Você já se perguntou em algum momento da sua existência se os alimentos que você ingere diariamente têm causado danos a sua saúde? Desde pequena, escuto o provérbio português “peixe morre pela boca” e agora na idade adulta pude perceber que, não somente, os peixes morrem pela boca, levando em consideração o sentido literal da expressão, mas nós seres humanos estamos a cada dia consumindo alimentos danosos que em nada contribuem para a manutenção da nossa saúde.

Vivemos em uma sociedade em que a qualidade de vida é sempre colocada em segundo plano, devido a correria típica do mundo moderno, posto que , optamos por uma alimentação rápida e prática sem levar conta os malefícios que esta pode causar a nossa saúde. Na era do fast food, dos refrigerantes, das frituras e enlatados, optar por uma alimentação balanceada e ajustada as necessidades de cada  organismo ,torna-se um tarefa árdua  que exige de nós um tempo e determinação que, por vezes, não dispomos.

Não é preciso sair de casa para acompanhar as novidades do mercado alimentício. Os meios de comunicação invadem nosso lar diariamente  com anúncios e propagandas que vendem a ideia do consumismo desenfreado para manter vivo o capitalismo. São tantas opções de comida, apetitosa e rápida, que não refletimos sobre os prejuízos que esses alimentos podem causar a saúde.

Quem não gosta de um refrigerante bem gelado no verão? Um dos maiores vilões da nossa saúde é um dos preferidos a nível mundial, mas você sabia que além de conter grandes quantidades de açúcar o refrigerante altera o metabolismo influenciando o ganho de peso? (mais…)


Coluna. Como encontrar o amor da sua vida

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Por. Luzitânia Silva

Certamente, ao menos uma vezinha, você já almejou encontrar a metade da laranja. Talvez já tenha chorado até soluçar, pedindo pro Pai Celestial uma resolução imediata para sua carência e desalento nos dias tortuosos. Suspeito, inclusive que, após as bebedeiras com seus amigos, vendo inúmeros casais se formando enquanto se encontra sozinha, tenha se martirizado, metido o pé-na-jaca, cometendo loucuras inenarráveis e causadoras de arrependimentos, envergonhando-se de sair de casa ao menos nos próximos duzentos anos.

Se for supersticiosa, não tenho dúvidas acerca do sofrimento e afogamento do pobre Santo Antonio. Possivelmente já acendeu velas, ajoelhou-se no chão frio, fez até mandinga e o pior, depois de tudo isso, esperando um príncipe-encantado você só encontrou sapo que, mesmo beijando e tudo o mais, não houve jeito dele se transformar conforme descrito nos contos de fadas.

Entendendo o seu martírio e necessidade de encontrar esse tal amor intenso e verdadeiro que move montanhas, não poderia deixar de te dar algumas dicas infalíveis para a sua identificação. Sugiro que use sem moderação e complemente com outras que achar viável. São elas:

  • Valorize-se!

Cuide de sua aparência e de sua mente, invista na sua educação, pratique atividade físicas e não se contente com menos que você merece. Nunca abandone seus valores por ninguém.

  • Liberte-se!

Não se atente a conceitos e regras moralistas pré-estabelecidos que te fazem mal, tornando-te num ser estático e sem personalidade.

Se quiser dançar, dance! Vista aquela roupa amada que te orientam a não usá-la por conta do seu peso, sua altura ou porque não fica do mesmo modo que naquela modelo cheia de photoshop. Faça aquela tatuagem e corte ou tinja o cabelo daquele jeito que você sempre quis.

  • Curta-se!

Saia com pessoas queridas, divirta-se com seus amigos, entretanto não esqueça de aproveitar um momento só seu. Leia um livro, assista filmes, viaje sozinha ou fique fazendo nada. Se você não se suporta, dificilmente alguém te suportará.

  • Olhe-se no espelho!

É importante se amar, ter respeito por si mesmo e se apaixonar todos os dias por alguém que te compreenda e te aceite com suas particularidades, seus defeitos, seu temperamento, sua TPM infernal e tudo o mais que vem de você.

Vale a pena se olhar no espelho e ter a confirmação de que você é o amor da sua vida e não há ninguém mais importante pra você.

Se ame, mulher! Deixa o outro ser companhia não sua razão de existir.

Sobre a Colunista. (mais…)


Assédio sexual: Piadinhas e cantadas também são violência

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Por.Rosemeire Cerqueira

Todos os dias, milhares de mulheres passam por situações extremamente desagradáveis, seja em seu ambiente de trabalho, nas ruas, na universidade, no transporte público, em sua própria casa ou até mesmo em  consultórios médicos.

O assédio sexual, de maneira especifica, é entendido como toda e qualquer conduta de natureza sexual não desejada, que mesmo repelida, é repetida continuamente, gerando constrangimento à pessoa assediada. Deste modo, não apenas o ato sexual em si é considerado assedio sexual, mas atitudes como cantadas, piadinhas e comentários constrangedores também podem ser considerados assédio sexual.

Elogio X Assédio

 

 As insistentes cantadas que acompanham as mulheres por quaisquer lugares que estejam passando é vista por muitos homens como elogios inofensivos, mas para as mulheres isso pode significar uma tortura diária.  O que difere o elogio do assédio é o respeito à mulher  e a consideração ao interesse dela na interação, ou seja, a reciprocidade.  O elogio tem o objetivo de agradar a mulher, já às cantadas e as piadinhas são um exercício do poder masculino, independe da vontade da mulher  e não leva em consideração se ela vai gostar ou não.

Coisas que deveriam ser banais como ir ao consultório médico, muitas vezes, podem se tornar prova de fogo para as mulheres. Pois, muitos profissionais agindo com extrema falta de ética utilizam-se  de um espaço que deveria ser usado para oferecer à mulher um atendimento digno e seguro para assedia-la  de maneira covarde, machista utilizando sua posição de poder para subjugá-la  em um momento em que ela já está fragilizada. (mais…)


Coluna. POETA DO LIXO

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Foto reprodução

 

(À Profª Ana Carolina Cruz de Souza – UNEB)

 

Minhas rimas são pobres,

meus versos exalam cheiro de repulsa

 minhas estrofes são um amontoado de revoltas.

                     Reviro cada partícula, escavo cada centímetro,

busco uma gota de simetria.

Palmilho no caminho da incerteza,

 busco sobrevivência ao acaso

 meu grito ecoou, minhas mãos fragilizaram-se

   pareço estar abaixo do limbo,

vermes espertos querem engolir-me.

Meu céu está nebuloso, tosco, sem estrutura

agarro-me ao invisível, falo o indizível.

Sou poeta do silêncio!

Ninguém me vê, ninguém me ouve!

Como escreveu Clarice Lispector:

“Um feto jogado na lata do lixo embrulhado em um jornal”.

Sinto-me reciclada a cada quatro anos

recebo até um abraço fingido,

minhas lágrimas trazem ao palato

o sabor insulso dessa partícula atômica indissolúvel.

Ah! Sociedade artificial!

Experimento o mimetismo,

 minha razão recusa essa covardia.

Meus sonhos parecem estar afunilando

vejo armas perversas e egoístas

sendo apontadas em direção a minha cabeça

Atiro – me de joelhos, peço perdão pela minha franqueza

      desejo saltar com os olhos vedados na imensidão

modo suicida de não enfrentar o amanhã,

 não sei que futuro me espera.

Talvez a minha atitude pareça covarde

 medo me domina, castra os meus ideais,

deixa-me completamente inerte

muitos querem me ver assim… desejo da nata…

meus versos protestam, dizem NÃO!

 PTN NEWS