Caso de Malária confirmado em Presidente Tancredo Neves

A informação procede, conforme dados levantados pelo site PTN NEWS, em contato com a secretaria de saúde do município de PTN, fomos informados que o paciente tem 22 anos de idade, é da região da Gendiba, zona rural de Presidente Tancredo Neves, ele foi diagnosticado em tempo hábil e, encontra-se internado fazendo o tratamento, como o Estado está com uma equipe da SESAB em Wenceslau Guimarães, foi solicitado que o paciente fizesse o tratamento lá ( Wenceslau Guimarães). Segundo o secretário Erisvaldo Brito. Amanhã ( segunda-feira) a vigilância estará na área da região da Gendiba fazendo o bloqueio e avaliando as pessoas que moram com o paciente.

Foi levantado a situação do paciente o mesmo, há oito dias estava na casa da noiva na região do Cocão, em WG, a sec. de saúde suspeita que o mesmo foi contaminado lá.

Voltaremos a falar deste caso em outra edição.

Atenção!

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

O que é malária?

A malária é uma infecção causada por protozoários do gênero Plasmodium, transmitida por mosquitos Anopheles, caracterizada por episódios de febre, calafrios e tremedeiras. A presença do parasita leva à destruição das hemácias (glóbulos vermelhos) e consequente anemia.

Trata-se de uma doença ainda muito comum, especialmente em países pobres da faixa tropical do planeta, onde há pouco acesso à medidas preventivas e o tratamento é defasado.

Estima-se que a malária mata cerca de 660.000 pessoas por ano e ainda não existe uma vacina preventiva. A Organização Mundial da Saúde (OMS) possui um programa para melhorar o quadro e, todos os anos, lança um relatório com dados sobre a doença a nível mundial.

A doença é tratada como uma emergência médica, pois a demora para iniciar o tratamento dá margem para que a doença se desenvolva até afetar seriamente órgãos vitais, inclusive o cérebro.

No CID 10 (Classificação Internacional de Doenças, décima edição), a malária é encontrada pelos códigos B50 até B54, dependendo do tipo de parasita causador da infecção.

Causas

A malária é causada por protozoários do gênero Plasmodium, ou seja, existe mais de um microrganismo causador da doença: P. falciparumP. malariaeP. vivax e P. ovale. No Brasil, encontra-se apenas 3 dessas espécies, e as predominantes são P. vivax e P. falciparum.

Esses microorganismos atacam o fígado e a corrente sanguínea, destruindo os glóbulos vermelhos. É essa destruição que leva aos sintomas da doença.

Plasmodium é transmitido pela picada das fêmeas do gênero Anopheles, que se alimentam do sangue humano. Existem mais de 400 espécies desse gênero que podem transmitir a doença. O macho não transmite a doença pois se alimenta de seiva e néctares das plantas. Nomes populares para o inseto transmissor são: muriçoca, carapanã, sovela, mosquito-prego e bicuda.

Outra maneira de ser transmitido é por meio do contato com o sangue de uma pessoa infectada.

Vetores da malária

Os mosquitos vetores da malária são as fêmeas do gênero Anopheles, que no Brasil inclui as espécies:

  • darlingi;
  • aquasalis;
  • albitarsis s.;
  • marajoara;
  • janconnae;
  • deaneorum;
  • oswaldoi;
  • (Kerteszia) cruzii;
  • (K.) bellator;
  • (K.) homunculus.

Ciclo da malária

A transmissão da malária se dá, geralmente, por meio de um ciclo, ou seja, o microrganismo não afeta diretamente uma pessoa, mas precisa de um vetor para isso. O ciclo da malária se dá da seguinte maneira:

  • Um mosquito não infectado pica uma pessoa infectada. Ao se alimentar do sangue dessa pessoa, ele é infectado pelos protozoários presentes na corrente sanguínea;
  • Ao picar outra pessoa para se alimentar, o mosquito libera uma pequena quantidade dos microrganismos na corrente sanguínea do indivíduo;
  • Os parasitas viajam até o fígado, onde ficam alojados por um tempo até alcançar a maturação — isso pode levar dias, semanas e até mesmo anos, dependendo da espécie do parasita;
  • Quando estão maduros, os parasitas migram para a corrente sanguínea, usando principalmente os glóbulos vermelhos para sua reprodução, que se dá de forma intensa e veloz. Essa multiplicação resulta na destruição dessas células, provocando os sintomas da doença;
  • Nessa hora, se um mosquito não infectado pica o enfermo, ele adquire os parasitas para si, por consumir o sangue cheio de protozoários da vítima. Assim, o ciclo reinicia.

Outros meios de transmissão

A malária nem sempre é transmitida dentro do ciclo. Mais raramente, ela também pode ser transmitida por meio da exposição ao sangue infectado. Isso significa que os protozoários podem ser facilmente transmitidos nas seguintes situações:

  • De mãe para feto:Se o sangue da mãe está infectado, ele passa os protozoários para o feto por meio da circulação placentária;
  • Transfusões sanguíneas:Embora existam muitos testes para evitar a transmissão de doenças na hora de doar ou receber sangue, a transfusão sanguínea ainda é um fator de risco para contração da malária;
  • Compartilhamento de seringas e agulhas:Pessoas infectadas podem passar os protozoários para outras caso usem as mesmas seringas ou agulhas. Isso tende a acontecer mais frequentemente em usuários de drogas, visto que, em hospitais, é costume descartar tais materiais após o uso.
    • Bebês e crianças pequenas;
    • Viajantes de áreas onde não há malária;
    • Gestantes.

      Áreas endêmicas: onde a malária ocorre com mais frequência?

      São chamadas áreas endêmicas aquelas nas quais há registros contínuos de casos da malária durante todo o ano. Ou seja, áreas onde, independente da época do ano, o número de casos se mantém mais ou menos estável.

       

      Ao todo, são 88 países onde há endemia da doença, sendo que a maior parte se concentra perto do Equador, sendo classificados como países tropicais.

      Os países africanos abaixo do deserto do Saara são os mais afetados e também onde há o maior número de mortes. Outros países que são grandes áreas de transmissão da malária são:

      • Países da América Central;
      • Caribe;
      • Países do centro, sul e sudeste da Ásia;
      • Oriente Médio;
      • Extremo Oriente (China);
      • Papua Nova Guiné;
      • Ilhas Salomão e Vanuatu;
      • Paraguai;
      • Brasil;
      • Bolívia;
      • Peru;
      • Equador;
      • Colômbia;
      • Venezuela;
      • Guiana;
      • Suriname;
      • Guiana Francesa.

      Vale lembrar que, no Brasil, as áreas mais afetadas são os estados da Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, oeste do Maranhão, noroeste do Tocantins e norte do Mato Grosso. No entanto, há registros também ao longo da Mata Atlântica na região sudeste e no Vale do Rio Paraná.

      Regiões mais altas levam sorte: o mosquito não costuma viver em altitudes maiores de 1500 metros do nível do mar. De fato, para sobreviver, ele precisa estar em um local com uma média de temperatura mínima superior a 15º C. Além disso, ele só consegue atingir uma população de mosquitos numerosa o suficiente para transmitir a doença em ambientes com alta umidade e temperaturas médias entre 20 e 30º C.

      Fatores de risco

      Qualquer pessoa pode ser infectada, mas existem alguns fatores de risco que aumentam as chances de encontrar os mosquitos vetores. São eles:

      • Viver ou visitar áreas onde a doença é endêmica, ou seja, há uma grande quantidade de casos por ano;
      • Viver perto de rios, lagoas e locais onde a proliferação do mosquito é mais fácil;
      • Não ter acesso à informação, serviços médicos de qualidade ou condições financeiras para prevenir e tratar a doença;
      • Não tomar os devidos cuidados antes de se expor ao ar livre.

      Além disso, existem alguns grupos que sofrem mais consequências quando contraem a doença. São eles:

       

    É possível adquirir imunidade contra a malária?

    Pessoas que vivem em áreas onde há maior exposição ao Plasmodium tendem a sofrer menos quando contraem a doença. Por quê?

    Basicamente, a exposição frequente ao protozoário é capaz de criar uma imunidade parcial, o que melhora o prognóstico da doença, embora não impeça novas infecções. Ou seja, o paciente ainda poderá ser infectado novamente, mas os sintomas e complicações não tendem a ser tão graves quanto em pessoas que nunca foram infectadas.

    No entanto, essa imunidade parcial não é para sempre: ela dura apenas enquanto ainda houver muito contato com o parasita. Caso a pessoa se mude para uma área onde não há a propagação da doença, ela pode perder essa imunidade, e, ao entrar em contato com o protozoário novamente, sofrer consequências tão graves quanto outras pessoas.

    Vale lembrar, também, que nunca foi registrado nenhum caso de imunidade total. Assim sendo, mesmo pessoas que foram infectadas muitas vezes ainda não conseguem adquirir proteção total contra a doença.

    Sintomas da malária

    Os sintomas da malária costumam aparecer entre 1 e 2 semanas após a infecção, pois o protozoário precisa amadurecer no fígado antes de ser liberado na corrente sanguínea. Esse tempo silencioso é chamado de período de latência e sua duração depende da espécie de Plasmodium presente no organismo. Em alguns casos, esse período pode durar até mesmo anos.

    Em todos os casos, as primeiras manifestações da doença são muito parecidas com uma gripe:

     
    • Dor de cabeça;
    • Febre;
    • Calafrios e ataques de tremedeira;
    • Dores articulares;
    • Náusea e vômito;
    • Suor intenso;
    • Dor abdominal;
    • Diarreia;
    • Falta de apetite;
    • Tonteira;
    • Fadiga.

    Em muitos casos, esses sintomas não são contínuos: costumam ir e vir a cada 48 ou 72 horas. Ou seja, os sintomas são episódicos, ainda que a doença não esteja sendo tratada.

    Além disso, conforme vai progredindo, a doença pode acometer outros órgãos — inclusive o cérebro —, causando outros sintomas ainda mais graves, como:

    • Dificuldade para respirar;
    • Insuficiência renal;
    • Icterícia (devido à maior presença de bilirrubina, resultado da degradação das hemácias);
    • Fraqueza intensa;
    • Pressão baixa;
    • Convulsões.