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| Adicionar legendaIntegrantes da Gaviões chutaram as grades do Anhembi na saída do sambódromo Crédito da imagem: Imagens de TV |
A apuração das escolas de samba do Carnaval de São Paulo começou bastante atrasada nesta terça-feira e sequer chegou a terminar. Uma confusão generalizada tomou conta do Anhembi quando o locutor do evento estava prestes a divulgar as últimas notas do último quesito, Comissão de Frente, avaliado pelos jurados e impediu que a campeã do grupo especial fosse anunciada.
Os membros das escolas de samba já haviam reclamado por conta da troca de dois jurados feita na quinta-feira e, nesta terça, uma reunião entre os presidentes das agremiações e a organização do evento atrasou o início da apuração. Ao final, quando a Mocidade Alegre precisava de apenas uma nota dez para sagrar-se campeã, um membro de uma escola adversária, a Império da Casa Verde, invadiu o local onde estavam os jurados e o locutor e roubou o envelope com as notas.
Depois disso, a confusão no sambódromo foi generalizada, com outros membros de outras escolas também invadindo o local. Os seguranças tentaram conter as pessoas, mas as grades de ferro acabaram derrubadas, e o problema se estendeu até mesmo fora do Anhembi. Cerca de 200 PMs faziam a segurança dentro do local.
Dezenas de membros da torcida organizada Gaviões da Fiel – que já não tinha chance de título no momento da confusão – desceram das arquibancadas e, ao deixarem o sambódromo em direção à quadra da escola, no Bom Retiro, cometeram alguns atos de vandalismo no caminho. Seguindo pela Marginal Tietê – que teve duas pistas interditadas –, os integrantes da organizada, revoltados, começaram a chutar as grades que separam o Anhembi da marginal. Carros alegóricos foram incendiados, mas ainda não se sabe quais foram os responsáveis pelo incidente.
No Anhembi, grande parte dos torcedores deixou o local após a confusão, e o clima voltou ao normal.
No primeiro ano em que as três escolas de torcidas organizadas estiveram juntas no grupo especial – Gaviões da Fiel, Mancha Verde e Dragões da Real –, a organização do evento temia por uma confusão envolvendo os integrantes delas, mas, até agora, não há informações sobre confrontos diretos entre integrantes das três escolas.
Enquanto apuram o que de fato aconteceu no momento da confusão no Anhembi, nenhuma agremiação foi confirmada como campeã do Carnaval de São Paulo. O presidente da Liga das Escolas de Samba, Paulo Sérgio Ferreira, no entanto, explicou que se não fosse possível voltar à apuração, a Mocidade Alegre, que já liderava a disputa, ficaria com o título.
