Café a R$ 40 o quilo: como a seca histórica está ajudando a deixar o produto mais caro

O Brasil enfrenta um aumento histórico no preço do café, atingindo R$ 39,63 por quilo, o maior valor registrado em 27 anos. Esse aumento de 16,6% nos últimos 12 meses se deve a fatores climáticos, como seca e altas temperaturas, que impactaram diretamente a produção. Apesar de uma expectativa de safra positiva para 2024, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou suas estimativas, prevendo uma produção 0,5% menor em relação ao ano passado.

A escassez não é um problema isolado; outros grandes produtores, como Vietnã e Colômbia, também enfrentam dificuldades, elevando a demanda global e, consequentemente, os preços. A situação é agravada pela inversão de preços entre os tipos de café: o robusta, antes mais barato, agora supera o arábica, complicando ainda mais a margem de lucro dos produtores e da indústria.

Os especialistas apontam que, mesmo com a valorização do café, a dificuldade em manter a produção torna o cenário desafiador. Com uma nova realidade de mercado, a indústria deve se adaptar às oscilações na produção e à crescente concorrência internacional. A luta por preços justos e a garantia de qualidade são agora mais cruciais do que nunca para os produtores brasileiros.