A Dívida Pública Federal (DPF) encerrou 2024 atingindo R$ 7,316 trilhões, um aumento de 12,2% em relação ao ano anterior, segundo dados do Relatório Mensal da Dívida divulgado nesta terça-feira (4) pelo Tesouro Nacional. O custo da dívida também subiu, passando de uma taxa média de juros de 10,26% em dezembro de 2023 para 12,9% no mesmo período de 2024.
O crescimento da dívida foi impulsionado principalmente pela alta da dívida interna, que responde pela maior parte dos compromissos financeiros do país. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 11% no período, passando de R$ 6,269 trilhões em dezembro de 2023 para R$ 6,967 trilhões ao final de 2024. Dentro desse montante, a parcela sob custódia do Banco Central aumentou 8,6%, saindo de R$ 2,319 trilhões para R$ 2,517 trilhões.
Meta para 2025 prevê dívida entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões
Os dados do Tesouro mostram que o prazo médio da dívida encerrou 2024 em quatro anos, dentro da meta estipulada entre 3,8 e 4,2 anos. Já o percentual da dívida a vencer nos próximos 12 meses ficou em 17,9%, também dentro da previsão de 17% a 21%.
O avanço da dívida no último ano foi impulsionado pela apropriação de juros, que adicionou R$ 762,4 bilhões ao montante total, enquanto a emissão líquida de títulos contribuiu com mais R$ 33,3 bilhões.
Na sexta-feira (31), o Banco Central divulgou que a dívida bruta do Brasil fechou 2024 em 76,1% do PIB, um crescimento de 2,2 pontos percentuais ao longo do ano. A diferença entre os números do BC e do Tesouro se deve às distintas metodologias utilizadas pelas instituições.
Para 2025, o Tesouro projeta que a Dívida Pública Federal fique entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões, o que significa um crescimento de pelo menos R$ 784 bilhões no cenário mais otimista. Entre 2023 e 2024, a alta foi de R$ 795,7 bilhões.
O percentual de dívida a vencer em 12 meses deve ficar entre 16% e 20% em 2025, enquanto o prazo médio da dívida deve se manter entre 3,8 e 4,2 anos.
(Imagem ilustrativa/ Gazeta Brasil)