Comentários de Moisés Potência sobre o jogo do Brasil x Suíça.
Se bem que antes de começar os jogos da Copa do Mundo, a motivação do povo brasileiro não estava em alta, nota-se pelas decorações das lojas e vestes de amarelo por parte da população brasileira, isso em pouca quantidade, seria a crise o motivo de poucas blusas verde e amarela? Sem dúvidas não, entende-se um descrédito da população com o futebol, muitos ainda carrega na lembrança a dolorida goleada nas quartas de final contra a Alemanha na copa sediada em nosso país . É comum vê nas redes sociais comentários contra a seleção, muitas pessoas atribuem a política brasileira que anda em um verdadeiro mar de lamas, só que a “parada” é futebol e não política, não podemos comprar a política do Brasil com a política da Suíça, mesmo porque tomaremos de goleada , portanto é melhor se tratar de futebol.
Foi uma tarde típica de famílias reunidas, amigos em bares e em grande telões espalhados por todo Brasil, que o diga o som do olodum que mais uma vez puxa o hino nacional em ritmo de samba na grande Salvador, em Presidente Tancredo Neves , o jogo foi assistido em telões e encontro de famílias, veja a nossa análise do jogo.
Tite repetiu diversas vezes, em coletivas, treinos e até comerciais de TV, que não gostaria que sua seleção brasileira fosse julgada pelo resultado, mas pelo desempenho. No empate em 1 a 1 deste domingo com a Suíça, em Rostov, na estreia da Copa do Mundo de 2018, ambos não foram exatamente bons. Nem desesperadores.
O Brasil fez um primeiro tempo satisfatório e saiu na frente com um golaço de Philippe Coutinho, mas cedeu o empate na equilibrada segunda etapa, em jogada controversa. O time brasileiro reclamou da arbitragem do mexicano Cesar Ramos, mas não deve colocar sua frustração na conta da ausência do VAR, o árbitro de vídeo. Como o próprio Tite fez questão de ressaltar na véspera, um tropeço na estreia, o que não ocorria desde 1978, não é uma tragédia. Ainda mais diante da interessante equipe Suíça, sexta colocada do ranking da Fifa.
O camisa 10 do Brasil, em seu primeiro jogo completo desde fevereiro, pecou por falta de precisão e concentração, mas não de coragem. Neymar demonstrou incômodo em várias jogadas, fez careta e saiu mancando a cada pancada, mas sempre encarou os defensores (levou 10 das 19 faltas da Suíça) e provocou dois cartões amarelos, para Fabian Shaer e Valon Behrami. Chutou de fora e deu alguns bons passes, mas esteve longe de sua melhor versão. Assim como Willian, que “voou” nos amistosos e hoje foi bem mais tímido.
A Suíça empatou o jogo em jogada de bola parada, uma tendência neste Mundial (11 dos 25 gols saíram assim), em jogada controversa. Steven Zuber subiu sozinho e marcou de cabeça. O replay mostrou um empurrão do meia suíço no zagueiro Miranda na origem do lance. Os jogadores brasileiros, especialmente Neymar, reclamaram com o árbitro mexicano Cesar Ramos apontando para o telão, que mostrava o lance, mas o juiz, que poderia ter usado o auxílio do VAR, ignorou.
O Brasil ainda reclamou de uma penalidade num lance em que Gabriel Jesus se enroscou com o defensor suíço. Mais uma vez, o árbitro não marcou, nem pediu auxílio ao VAR. O Brasil não deve reclamar: ambos os lances foram difíceis e interpretativos e o objetivo do árbitro de vídeo sempre foi acabar com erros grotescos, que não foi o caso. Sendo otimista, o empate pode ser benéfico para o time de Tite, que jamais se viu em condições de pressão. O Brasil precisa agora vencer Costa Rica e Sérvia, os outros times do Grupo E com saldo superior ao da Suíça para terminar a chave em primeiro.