O tenente-coronel Mauro Cid revelou, em sua delação premiada, que as motociatas promovidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante seu mandato foram financiadas com recursos públicos, por meio do cartão corporativo da Presidência da República.
O cartão corporativo existe para cobrir gastos da Presidência. No entanto, durante o governo Bolsonaro, as motociatas funcionaram como eventos políticos, reunindo apoiadores em diversas cidades do país.
Segundo Cid, a logística envolvia custos com a compra de motocicletas para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), transporte desses veículos para os eventos, além de hospedagem e alimentação da equipe de segurança que acompanhava o então presidente.
“A partir do momento que o ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu andar de moto, o GSI teve de comprar motos similares para poder acompanhá-lo. Em algumas ocasiões, foi necessário embarcar as motos para que chegassem ao local do evento”, declarou Cid em seu depoimento.
Ele também afirmou acreditar que os custos das motocicletas e do transporte foram pagos com o cartão corporativo, assim como os gastos com hospedagem e alimentação dos servidores responsáveis pela segurança presidencial durante as motociatas.