O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu nesta quarta-feira em meio ponto percentual, de 8,5% para 8% ao ano, a taxa básica de juros da economia brasileira. Trata-se da oitava redução consecutiva desde que Dilma Rousseff assumiu o poder, em 1º de janeiro de 2011, o que mantém a Selic em seu mínimo histórico. Em um breve comunicado, a autoridade monetária informou que ‘o Copom considera que, neste momento, permanecem limitados os riscos para a trajetória da inflação. O Comitê nota ainda que, até agora, dada a fragilidade da economia global, a contribuição do setor externo tem sido desinflacionária’. ‘Perante isso e dando seguimento ao ajuste das condições monetárias, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 8%’, acrescentou a nota, praticamente com o mesmo argumento dado pelo comitê em maio.O corte de 0,5% já era amplamente esperado pelo mercado. Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, ‘a queda dos juros é benéfica para o Brasil, mas essa cautela excessiva adotada pelo Banco Central não é necessária’. ‘Precisamos que o Governo acelere o ritmo de queda dos juros, pois este é um fator importante que poderá nos levar ao resgate da competitividade do país’, ressaltou o titular do maior grêmio empresarial do país. Os analistas financeiros agora esperam que o ritmo de redução da taxa de juros continue nas duas próximas reuniões do Copom, previstas para o fim de agosto e a segunda semana de outubro. EFE
