A Bahia ainda registra mais beneficiários do Bolsa Família do que trabalhadores formais com carteira assinada. Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o estado possui 2,14 milhões de pessoas empregadas formalmente, enquanto o número de beneficiários do programa social atinge 2,48 milhões, segundo a Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único (Sagicad). A discrepância revela a fragilidade socioeconômica enfrentada por boa parte da população baiana, de acordo com especialistas. O levantamento foi feito pelo Correio 24h.
Para o economista Edval Landulfo, vice-presidente do Conselho Regional de Economia da Bahia (Corecon-BA), a situação gera um impacto significativo na economia local. “O poder de compra dessa população fica enfraquecido, e as pessoas, muitas vezes, passam necessidade, têm uma alimentação mais precária e enfrentam dificuldades para acessar serviços básicos, como transporte. Isso não favorece o desenvolvimento econômico do estado”, explica Landulfo.