A Bahia registrou números alarmantes de violência contra a mulher em 2024. Entre janeiro e julho, foram registrados 50 casos de feminicídio e quase 13 mil pedidos de medida protetiva de urgência. No contexto do Agosto Lilás, mês dedicado ao combate à violência de gênero, uma pesquisa do Instituto Avon em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública revela que a Bahia é o terceiro estado brasileiro com o maior aumento de casos de violência doméstica em dias de jogos do Campeonato Brasileiro.
Os dados indicam que, em dias de partidas da primeira divisão do Campeonato Brasileiro, o número de registros de boletins de ocorrência de ameaça contra mulheres aumenta em 23,7%, e os casos de lesão corporal aumentam em 20,8%. Quando o jogo ocorre na própria cidade, os registros de lesão corporal saltam para 25,9%.
A promotora de Justiça do Ministério Público da Bahia, Mirella Brito, explica que o ambiente futebolístico muitas vezes exacerba frustrações e anseios masculinos, o que pode se refletir em agressões. Os principais agressores são companheiros ou ex-companheiros das vítimas.
O Disque 180 é um recurso essencial para denúncias, e neste ano, 12.519 medidas protetivas foram emitidas. Para emergências, o 190 deve ser contatado, enquanto para denúncias o 180 está disponível. A Casa da Mulher Brasileira, as DEAMS e outros órgãos também oferecem suporte.
Para ajudar a combater a violência contra a mulher, é fundamental a denúncia e o apoio às vítimas.
