Pelo menos doze pessoas morreram nesta terça-feira em um ataque a tiros no escritório em Paris da revista semanal satírica Charlie Hebdo, que foi alvo de ataque no passado após publicar charges com piadas sobre líderes muçulmanos. Entre os mortos estão dez jornalistas e dois policiais. Segundo a polícia, cinco feridos estão em estado grave e o número de vítimas fatais pode aumentar. O presidente François Hollande foi até a sede da revista e convocou uma reunião de crise no palácio presidencial para as 11h de Brasília. As autoridades também anunciaram que a região parisiense foi colocada em estado de alerta máximo. “Os autores do atentado serão processados. A França está diante de um choque. É um ataque terrorista, é sem dúvida”, disse Hollande.
Rocco Contento, porta-voz da polícia Unité, disse que os terroristas entraram em um carro que os esperava para fugir. O carro foi conduzido até Port de Pantin, no nordeste de Paris, onde foi abandonado. Os terroristas então roubaram o carro de um motorista e seguem desaparecidos. A polícia francesa montou uma grande operação para localizar os agressores. Contento também disse que o escritório da Charlie Hebdo teve a proteção aumentada nas últimas semanas por causa de novas ameaças contra a revista.