ARENA FONTE NOVA TEM PREJUÍZO DE R$ 41 MIL NA PARTIDA QUE ELIMINOU BAHIA

A adesão da torcida do Bahia ao movimento “Público Zero”, em protesto contra a atual situação do clube e contra a permanência do presidente Marcelo Guimarães Filho à frente do cargo, preocupou os dirigentes da Arena Fonte Nova. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, além de construir o estádio, a concessionária formada pelas construtoras OAS e Odebrecht comprou a base de dados, o sistema de gestão e a marca do Torcedor Oficial do Bahia (TOB), em uma negociação que custará R$ 1 milhão por ano. O programa de sócios é um dos maiores ativos das equipes, pois dá direito a participar de sua política interna e, principalmente, entrar nas arenas para assistir aos jogos. 

Entretanto, na partida da última quarta (15), que eleminou o tricolor baiano da Copa do Brasil, o prejuízo foi de R$ 41 mil, conforme consta no borderô – documento elaborado pela administração da praça da esportiva. O E.C. Bahia assinou contrato por cinco anos, ao custo de R$ 9 milhões anuais, com a Arena Fonte Nova. Não há confirmação ainda se o R$ 1 milhão pago pela compra do TOB está incluso neste vaor. A única confirmação é que em caso de jogos com maior público, o clube recebe uma remuneração ainda maior. Mas, com arquibancada vazia, como aconteceu no jogo contra o Luverdense, a arena, recém inaugurada ao custo de R$ 688,7 milhões, já amarga prejuízos. Por conta disso, conforme reportagem do Correio 24 Horas, os dirigentes da Arena Fonte Nova têm pressionado Marcelo Guimarães Filho a reverter o quadro para que o torcedor volte a comprar ingressos ou o TOB. Entretanto, os torcedores garantem que enquanto a atual situação do Bahia, que já dispensou 14 jogadores, está sem dirigente de futebol, sem treinador e até sem advogado, não pisarão os pés na nova arena. Além disso, ainda conforme reportagem do diário paulista, torcedores do Bahia prometem acionar o Procon já que não foram avisados previamente da transação para a venda do TOB.”Compramos uma coisa que pertencia ao nosso clube, e agora vai para as mãos de um terceiro?”, criticou o estudante Luís Alberto Junior, de 21 anos, ouvido pelo Folha