Na tentativa de conter uma quarta onda epidêmica no país, a Alemanha adotou novas medidas “drásticas” de restrição nesta quinta-feira (2), destinadas em particular a pessoas não vacinadas contra a Covid-19. O governo alemão também estuda a introdução da obrigatoriedade da vacina a partir de fevereiro de 2022, em um contexto de preocupações em torno da nova variante ômicron.
A chanceler Angela Merkel, seu sucessor Olaf Scholz, e representantes das 16 Länder alemãs concordaram em limitar o acesso dos não vacinados a comércios estritamente essenciais, como lojas de alimentos, farmácias ou padarias.
O governo alemão e seus representantes também chegaram a um acordo para aprovar uma lei que estabelece a obrigação de vacinação em nível nacional. O Conselho Nacional de Ética da Alemanha terá que redigir o projeto de lei, que será debatido e votado pelo Bundestag, o Parlamento alemão, até fevereiro de 2022.
Medidas específicas também serão tomadas nas regiões onde a taxa de incidência ultrapassar 350 novas contaminações por 100 mil pessoas em sete dias, com limite de 50 pessoas para confraternizações em locais fechados, além do fechamento de boates e casas de espetáculos.
Merkel afirma que essas são medidas de “solidariedade nacional”, que visam evitar que novos confinamentos afetem a ainda frágil recuperação da maior economia da zona do euro.