“Envelhecer é como aprender a dançar uma nova música todos os dias. Não é uma dança que você já conhece, não é aquele passo que você repete de olhos fechados. É uma melodia que muda, que te convida a recomeçar, a se adaptar, a escutar o que seu corpo e sua alma estão pedindo.”
Com essas palavras, a médica, escritora e palestrante especializada em envelhecimento e morte Ana Claudia Quintana Arantes explica que “nesse recomeço diário, encontramos a oportunidade de viver com mais leveza, adaptando o passo, mas nunca parando a dança”.
Em outra frente, Ana Claudia defende que os paliativistas têm como principal objetivo preservar a vida sem prolongar o sofrimento do paciente ou tornar qualquer tipo de tratamento algo mais doloroso do que a própria doença.
“Nós, profissionais da saúde, enfrentamos diariamente o fenômeno da morte, um desafio constante e inevitável em nossas vidas. Esse confronto nos faz refletir sobre nossa própria fragilidade, mas é fundamental lembrar que, antes de tudo, somos humanos: choramos, sentimos, cansamos e sofremos”, afirma.
“Essa capacidade de reconhecer e aceitar nossa própria impotência não é uma limitação; pelo contrário, é uma oportunidade de nos reconciliarmos com nossa humanidade e vulnerabilidade. A impotência nos permite conectar de forma mais profunda com nossos pacientes e suas famílias, oferecendo um cuidado mais compassivo e genuíno”, enfatiza.
Metrópoles Talks
O Metrópoles promoveu, em 3 de outubro, a 3ª edição do Metrópoles Talks, com a presença do advogado Samer Agi. O profissional falou sobre os segredos para criar um discurso que conecta a audiência ao orador.
Outros grandes nomes já estiveram presentes no projeto de palestras do Metrópoles. Em agosto, o psicólogo Rossandro Klinjey e a jornalista Daniela Migliari abordaram autoconhecimento e gestão das emoções. Em junho, foi a vez do navegador Amyr Klink promover uma conversa cheia de reflexões sobre a busca pela felicidade em meio às tempestades da vida.
Ana Claudia Quintana Arantes em Brasília
Palestra: “A morte é um dia que vale a pena viver: novo olhar sobre a finitude da vida”
Data e horário: 17 de outubro (quinta-feira), às 20h Local: Ulysses Centro de Convenções