CÂNCER DE PULMÃO TEM 10 VEZES MAIS CHANCES DE SE DESENVOLVER EM FUMANTE

As estatísticas revelam que os fumantes comparados aos não fumantes apresentam um risco 10 vezes maior de adoecer de câncer de pulmão; 5 vezes maior de sofrer infarto; 5 vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar e 2 vezes maior de sofrer derrame cerebral.No Brasil, o câncer de pulmão é o tipo de tumor mais letal e também uma das principais causas de morte. Ao final do século XX, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitável. O consumo de tabaco é o mais importante fator de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão.  A OMS classificou o tabaco como um dos fatores que mais contribuem para a epidemia de doenças não contagiosas como ataques cardíacos, derrames, câncer e enfisema. O grupo é responsável por 63% de todas as mortes no mundo. Outras doenças relacionadas ao tabagismo são: hipertensão arterial, aneurismas arteriais, úlcera do aparelho digestivo, trombose vascular, osteoporose, Catarata, impotência sexual no homem, infertilidade na mulher, menopausa precoce e complicações na gravidez.
No Brasil em dias atuais o tratamento do tabagismo tem como referência o Sistema Único de Saúde (SUS), sendo regulado por Portarias  do Ministério da Saúde  (Portaria nº 1.035/2004 e Portaria nº 442/2004) que ampliam o acesso da abordagem nos 3 níveis de atenção à saúde (básica, média e alta complexidade). Esse modelo de tratamento é baseado na abordagem cognitivo comportamental  possibilitando que o tratamento seja realizado em grupo ou individualmente, e tem como objetivo  auxiliar o fumante a desenvolver habilidades que o auxiliarão a permanecer sem fumar.  O apoio medicamentoso, quando necessário, é outro recurso usado no tratamento do tabagismo e disponibilizado na rede SUS. O Dia Nacional de Combate ao Fumo, lembrado no próximo dia 29 de agosto, alerta a população sobre o câncer de pulmão que está associado ao consumo de derivados de tabaco, em  90%  dos casos diagnosticados. No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) o câncer de pulmão foi responsável por  21.867  mortes em 2010. Conforme o diretor-técnico do Instituto de Hematologia e Oncologia da Bahia (IHOBA), Alberto Nogueira, “não fumar é imprescindível para prevenir a doença porque, comparado com os não fumantes, os tabagistas têm cerca de 20 a 30 vezes mais risco de desenvolver câncer de pulmão”, acentuou.

Os sintomas mais comuns do câncer de pulmão são a tosse e o sangramento pelas vias respiratórias. “Nos fumantes, o ritmo da tosse é alterado e aparecem crises em horários incomuns. Pneumonia de repetição pode, também, ser a manifestação inicial da doença”, explica  Nogueira.  Para identificar antecipadamente a enfermidade também é importante que as  pessoas que fumaram por mais de 10 anos façam raios-X de pulmão ou uma tomografia  a cada um ou dois anos. Altamente letal, a sobrevida de cinco anos para quem possui câncer de pulmão é baixa e varia, entre 7 e 10%, nos países em desenvolvimento. No fim do século XX, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis, uma vez que investe-se em prevenção. O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. A OMS estima que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumantes. Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo fumam. (Tribuna da Bahia)