A crise carnavalesca que, há anos, tem sido observada no circuito Osmar (Campo Grande-Avenida Sete) agora parece atingir também o Dodô (Barra-Ondina). O esvaziamento do percurso de trios elétricos na orla marítima, com a falta de blocos já observada desde a folia de 2017, quando os trios sem corda dominaram as ruas, se agravou este ano.
Levantamento feito pela reportagem de A TARDE mostra que, em 2018, nenhuma agremiação desfilará na quinta-feira, primeiro dia de festa, e apenas três vão para as ruas na terça, data em que as chaves da cidade são devolvidas à prefeitura de Salvador por Momo.
Dos 12 blocos que desfilam entre a Barra e Ondina e são vendidos pelo site da Central do Carnaval, maior empresa de comercialização de abadá do estado, nenhum desfilará no dia inaugural da festa e apenas o afoxé Filhos de Gandhy irá às ruas terça.
Já no Quero Abadá, endereço eletrônico responsável pela venda de camisas de oito agremiações, apenas o tradicional Camaleão (com Bell Marques) e o Largadinho da diva da axé music Cláudia Leitte vão desfilar na Barra no último dia de Carnaval. Para a quinta-feira, também não há ingressos à venda para blocos do circuito Dodô.
Segundo empresário, diretor e fundador da Central do Carnaval, Joaquim Nery, ausências de blocos históricos – como Coco Bambu, Harém e Yes, que desfilavam entre Barra e Ondina no primeiro dia de folia – serão sentidas em 2018.
Além disso, A TARDE verificou que o Tô Ligado, entidade carnavalesca que no ano passado foi puxada pelos desconhecidos Alex de Cristo e Eliezer Marins, também não sairá na festa.
Já a terça-feira perderá o Fecundança/Pirraça, agremiação que em 2017 saiu sob o comando da dupla sertaneja Matheus e Kauan e em 2018 fica fora do Carnaval.
Além disso, o Me Abraça e o Meu e Seu, que também saíam no último dia da folia, reduziram seus desfiles para apenas duas datas.