Queda de arrecadação leva prefeitos a demitir em massa

A arrecadação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) despencou 20% em relação ao ano passado. E o dinheiro da repatriação, ficou em 5% do que foi praticado no fim do ano, muito abaixo das expectativas. Frente ao problema de arrecadação que os gestores de municípios baianos têm enfrentado, e com o agravante da baixa quantia que as cidades irão receber após uma repatriação com poucas declarações, a saída para os prefeitos é apertar o cinto.

É o que afirma o presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB) e prefeito de Bom Jesus da Lapa, Eures Ribeiro (PSD). Para o presidente, que está há sete meses no comando da UPB, ainda há uma falta de preparo das prefeituras para lidar com a questão financeira. “No ano passado quase 50% das prefeituras baianas tiveram suas contas rejeitadas e nós entendemos que a falta de preparo de equipe que prestam consultoria para as prefeituras é que fazem com que essa rejeição seja tamanha. Estamos muito preocupados com isso”, disse o prefeito.

A piora na arrecadação também aflige o gestor, que comenta que a única solução para os municípios é cortar gastos. “Nas UPBs itinerantes nós estamos orientando os prefeitos a apertar os cintos. Não tem outra medida a não ser apertar os cintos, apertar a questão da fiscalização mais rigorosa com o erário público para você evitar um desperdício mais gastos com a receita. Não tem outra medida a não ser essa”, disse.

Na entrevista, Eures ainda aborda os projetos da UPB Itinerante e a UPB Debates, que buscam integrar e buscar soluções para os municípios baianos, o problema na arrecadação das prefeituras, o baixo retorno da repatriação, a necessidade de criação de um mecanismo para não punir os gestores que pegam as prefeituras com dívidas anteriores e o convênio com o governo para montar equipes técnicas nas cidades.