Os blocos afro baianos se reuniram na noite desta sexta-feira (18) para uma homenagem aos 60 anos da Petrobras. O evento, organizado pelos blocos Ilê Ayê, Olodum, Araketu, Muzenza, Os Negões, Filhos de Gandhy, Malê de Balê, Cortejo Afro e Bankoma, foi realizado na Senzala do Barro Preto, na Liberdade. O objetivo foi celebrar a parceria com a empresa que apoia ações culturais e sociais voltadas o resgate da história do Brasil.
Dentre os grandes projetos apoiados pela estatal está a construção da sede do Ilê Ayiê, no bairro do Curuzu. Além do investimento anual para o carnaval da Bahia. De acordo com o gerente executivo da comunicação institucional, Wilson Santana, a instituição investe pouco no carnaval baiano. “Não chega a R$ 4 milhões, n o geral. Mas a nossa opção é estar o ano inteiro junto às comunidades aos blocos afro. O carnaval nós encaramos como mais um dia de celebração durante o ano”.
Ainda de acordo com Santarosa, a Petrobras optou por manter a sua imagem ligada não só aos grandes eventos, mas também aos pequenos projetos sociais. “Queremos estar mais próximo das comunidades no Brasil inteiro. Na Bahia isso não é diferente. Estamos para preservar a cultura e os costumes dessas comunidades. Essa foi a opção da empresa. Seria muito mais fácil e mais barato colocar uma placa em um caminhão elétrico ou na avenida do que estar aqui, mas a opção foi esta”.
O secretário do Planejamento e pré-candidato ao governo do estado pelo PT, José Sérgio Gabrielli, também compareceu ao evento, que, apesar de negarem o caráter politico, as entidades negras já manifestaram apoio ao petista. Para o gerente, as ações de Gabrielli, enquanto presidente da estatal, foram cruciais para a liberação de projetos sociais para a Bahia. “Ele foi o presidente mais longevo, e ficou mais de seis anos. Ele era um dos incentivadores que dizia que era preciso estar junto com os nossos públicos e não só junto na comemoração. ‘Lá na Bahia estejam junto com as comunidades negras’. Ele sempre disse isso”.
Também homenageado na noite de ontem, o secretário ressaltou o relevante trabalho das entidades para as comunidades negras. “Elas têm um papel extremamente importante, não só para o carnaval, mas na organização da comunidade, da luta do povo negro, na auto referência do povo e na luta pela reparação que esse povo precisa. Participar desse processo, do tempo que fui presidente e agora é um orgulho receber essa homenagem”.
