Nove dos 15 vereadores de Irecê, no centro-norte baiano, tentaram protocolar na sessão desta quinta-feira (31) o pedido de criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar denúncias contra o atual presidente da Casa, Joilton Francisco (DEM). Assinaram o requerimento os oposicionistas Pascoal Martins (PCdoB), Celma S. F. Rocha (PCdoB), Rogério Santos (PV), Daniel Araujo(PT), Celson Antônio S. Cambui (PT) e Tertuliano Leal Libório (PTR). Além da bancada da minoria, três aliados ao atual prefeito Luizinho Sobral (PTN) também depositaram suas rubricas no documento entregue à Mesa Diretora: Gilvanci Matias de Sousa (PSB) , Espedito Morreira (PTN) e Paulo Joaquim (PTN). Entretanto, de acordo com informações do site RF Notícias, ao receber o pedido, o presidente Joilton negou o encaminhamento para votação em plenário, o que causou indignação dos membros da Casa.
Segundo o vereador Pascoal, a CEI tem o “objetivo de zelar pela imagem” do Legislativo ireceense que, nos últimos dias, passou a ser acusado de praticar atos de corrupção. Entre as denúncias está, conforme dados colhidos junto ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), o pagamentos de 258 diárias a funcionários da Casa e edis ligados ao presidente, cada uma no valor de R$ 350, o que totaliza R$ 90 mil gastos apenas nos últimos três meses. Além disso, os dois únicos veículos que estão à disposição do Legislativo teriam consumido oito mil litros de combustível de janeiro a agosto deste ano – média diária de 320 quilomêtros rodados –, ao custo total de R$ 21,4 mil. Dentro do período citado, a Câmara ficou 75 dias em recesso.
