Quando te vi pela primeira vez
Confesso, tive medo, fiquei muito assustada…
Diante da escassez da coragem
Como as minhas necessidades pelo conhecimento são ilimitadas
Lancei-me sem reserva nessa aventura.
Não sei exatamente o que me espera nas curvas
A minha demanda pelo inusitado é muito grande
Não sei se encontrarei excesso de oferta
Ou excesso de demanda
Pouco importa…
O que e quanto produzir, como produzir e para quem produzir
É um problema que será resolvido sabiamente
Sei que há imperfeições no sistema econômico dos nobres sentimentos
No mercado misto da vida, o amor e o ódio caminham lado a lado.
Nas curvas de oferta e de demanda
Não quero me deslocar nem para a direita, nem para a esquerda
Contemplarei e seguirei o horizonte da aprovação.
Necessito centralizar o amor e conservar os bens essenciais
Complementar a vida com tudo que me apraz
Na curva de possibilidade de amor ao próximo
Essa fronteira máxima pode produzir recursos benfazejos
Ao praticar o custo de oportunidade
Não sacrifico os bons sentimentos
Desejo empregá-los sem reserva.
Preciso analisar a vida de forma positiva e normativa
Buscando sempre o equilíbrio entre a razão e a emoção
No coeteris paribus: tudo o mais constante!
Necessito ter uma visão micro e macro de mundo
Não me perderei no mínimo nem quero me afogar no máximo
Quero, apenas, de uma gota de sabedoria
De Adam Smith, Karl Marx, Thomas Robert, dentre outros.
No quesito valor utilidade
Não estou satisfeita com a saúde, educação e segurança…
Que me são oferecidas
Trabalho muito, pago muitos impostos…
Geralmente, os meus sonhos estão alcançando a utilidade total
Aos poucos começam a ser saturados pelas desilusões
E caminham em direção à utilidade marginal decrescente
Chego até pensar que são paradoxais.
Às vezes me sinto indiferente…
Comerei mais batata ou menos carne?
Ah! Pouco importa!
Ah! Pouco importa se vai fazer sol ou chover
Na dúvida, tenho o meu guardo sol e o meu guarda chuva!
A vida é como um sopro…
Não restringirei o meu orçamento
Não limitarei as minhas possibilidades
Quem sabe amanhã não haverá mais sol…
Então penso!…
“Eu devia ter amado mais, errado mais, devia ter visto o sol nascer”
Tropecei na pedra de Drumonnd
Prendi-me nas variáveis que afetaram a minha demanda
Na busca pelo novo.
Talvez, foi o preço do próprio bem… nunca se sabe…
A elasticidade da minha vida me faz muito mal…
Não quero me sentir maior ou menor, prezo a igualdade.
Quanto ao nosso caso de amor…
“Se é bom ou mau, só o tempo dirá”
“Mas que seja eterno enquanto dure”.
Para os que amam a Economia.