Inflação afeta o preço dos remédios populares; aumento chega a 190%

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Vários remédios do programa Farmácia Popular agora estão mais caros. Em alguns casos, o aumento passa de 90%. Tudo o que o consumidor não queria nessa época aconteceu. Estão mais caros os medicamentos como os usados para rinite alérgica e até para osteoporose. Os remédios estão custando mais porque o governo reduziu o chamado subsídio: a parte que era paga pelo Ministério da Saúde justamente para deixar esses remédios mais baratos. Em alguns medicamentos do programa Farmácia Popular, o impacto para o consumidor é expressivo.

O alendronato de sódio, para osteoporose, sofreu reajuste de 34%. A sinvastatina, que é para o colesterol, teve um reajuste de 193%. Antes o consumidor pagava R$ 1,50, agora passou para R$ 4,40. A budesonida, remédio para asma, passou de R$ 8,64 para R$ 13,34. A aposentada Antônia Pereira Nunes usa o medicamento que mais encareceu, a sinvastatina e já fez os cálculos do impacto no orçamento doméstico. “Por mês, eu tenho um gasto de mais de R$ 300”, conta. A boa notícia é que o consumidor continua levando de graça os remédios para pressão alta, diabetes e asma do programa Farmácia Popular. É só apresentar a receita médica. O Ministério da Saúde informa que os preços de quatro medicamentos foram renegociados com a indústria farmacêutica, mas que isso não implica em repasse automático para os consumidores e que o governo conseguiu garantir que outros produtos tivessem os valores reduzidos, como fraldas geriátricas e anticoncepcionais. (Hora 1)