Messi conclui duas vezes com perigo. Na primeira, em escorada de bola de Suárez na área, o camisa 10 chuta, mas Maidana salva de cabeça a bola que ia em direção ao gol. Depois, o argentino solta a bomba, e Barovero mergulha no canto para salvar.
Era um confronto de realidades muito diferentes. Um River Plate que fazia de um jogo o ponto alto de sua trajetória de 114 anos contra um Barcelona que queria apenas o luxo de ter mais um capítulo entre todos aqueles que vem escrevendo nos anos 2000. E não houve coração e garra que batessem o talento refinado. A taça do Mundial de Clubes foi para as mãos mais famosas, após uma grande exibição dos pés mais talentosos. Com dois gols de Suárez e um de Messi – e duas assistências de Neymar -, o Barça venceu os Millonarios por 3 a 0 neste domingo e conquistou seu tricampeonato mundial, no Estádio Internacional de Yokohama, no Japão, neste domingo.
Acostumado a quebrar recordes recentemente, o Barcelona adicionou mais um a sua coleção. O clube se tornou o primeiro a conquistar o Mundial de Clubes por três vezes desde que a Fifa passou a organizar a competição. Ganhou nas duas vezes que disputou anteriormente, em 2009 e 2011. O título no Japão é o quinto de seis disputados em 2015, em um aproveitamento que fica atrás apenas do sextete de 2009 – perdeu a Supercopa da Espanha para o Athletic Bilbao.
Com a conquista, Neymar entra para um grupo de jogadores que venceram a Liga dos Campeões, a Taça Libertadores e o Mundial de Clubes. Antes dele, haviam conseguido o feito os brasileiros Dida e Cafu e os argentinos Tevez e Samuel.
A torcida do River Plate fez o que pôde para tentar motivar a equipe argentina. Com bandeiras, batucada e até os proibidos sinalizadores, cantou o tempo inteiro, como faz no Monumental de Núñez. Apesar da derrota na final, a aventura dos 15 mil que foram ao Japão certamente ficará marcada para jogadores e fãs.