Um ano depois do maior vexame do futebol mundial

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Presidente da Confederação Brasileira de Futebol a partir de março de 2012, quando Ricardo Teixeira renunciou, ex-governador paulista chegou à Copa do Mundo como dirigente principal também do Comitê Organizador Local. O dirigente deixou o cargo em abril de 2015, sucedido por Marco Polo Del Nero. No fim de abril, José Maria Marin foi preso na Suíça ao lado de seis dirigentes da Fifa, dois dias antes da eleição presidencial da entidade. Investigado nos Estados Unidos, o brasileiro está detido até hoje no país europeu, enquanto a Justiça norte-americana quer sua extradição.

O treinador pediu demissão assim que a Copa do Mundo acabou e carrega grande parte da responsabilidade pelo vexame do Brasil. Apenas 17 dias depois de ter perdido para a Holanda na decisão do terceiro lugar, Felipão foi anunciado como novo treinador do Grêmio, clube do qual havia saído 18 anos antes. Apesar da grande festa feita pela torcida em sua chegada, o técnico levou o Tricolor apenas ao sétimo lugar do Brasileirão passado e perdeu a decisão do Gaúcho de 2015 para o Inter. O comandante também se incomodava com os questionamentos feitos por causa da vergonha na Copa, sendo ironizado ainda por torcidas adversárias do Grêmio. Sem grandes resultados, deixou o cargo em maio e acertou com o clube chinês Guangzhou Evergrande.

Criticado por ter falhado na eliminação do Brasil na Copa de 2010, o goleiro teve nova chance como titular no Mundial seguinte, mas não conseguiu o troféu. Mesmo sem ter sido apontado como responsável pelo fracasso contra a Alemanha, Júlio César não teve mais oportunidades depois do torneio, perdendo a vaga para seu ex-reserva, Jefferson. No entanto, longe da Seleção, o jogador pelo menos voltou ao futebol europeu. Depois de ter atuado pelo modesto Toronto FC, que disputa a liga norte-americana, o brasileiro se transferiu depois da Copa para o Benfica, inclusive conquistando o título português.

Ausente na derrota por 7 a 1 para a Alemanha por conta de suspensão automática, o capitão do Brasil na Copa foi muito criticado durante o torneio, principalmente por ter chorado em campo no dia da vitória nos pênaltis sobre o Chile nas oitavas de final. Depois do Mundial, ficou fora das primeiras listas de Dunga por conta de problemas clínicos, voltando a ser convocado apenas para os dois últimos jogos de 2014, contra Turquia e Áustria, quando o treinador não chamou atletas que atuavam no futebol brasileiro. Mantido no Paris Saint-Germain, o defensor virou reserva na Seleção nos amistosos. Além disso, a perda da faixa de capitão para Neymar chegou a criar um desconforto para o zagueiro, que se disse chateado por não ter sido procurado para falar sobre o assunto. Porém, o incômodo foi superado, e o atleta continuou nas convocações do técnico, inclusive para a Copa

América, reconquistando sua vaga na equipe no decorrer da competição.
Presente no vexame diante dos alemães, quando teve sua atuação criticada, David Luiz não perdeu espaço depois da saída de Luiz Felipe Scolari. O zagueiro foi convocado por Dunga e se manteve na equipe logo no primeiro jogo depois do torneio, na vitória sobre a Colômbia. Assim, chegou como titular à Copa América, mas perdeu a vaga depois de ter falhado na estreia da competição. Já no Paris Saint-Germain, clube com o qual acertou pouco antes do Mundial de 2014, conquistou a Copa da Liga Francesa, o Campeonato Francês e a Copa da França.

Dono da lateral esquerda da Seleção Brasileira durante a Copa, Marcelo apareceu também nas listas de Dunga, mas sem o status que tinha na época de Luiz Felipe Scolari. O jogador perdeu a posição de titular para Filipe Luís e ficou fora da Copa América por lesão. No Real Madrid, clube que defende desde 2007, Marcelo segue como titular, depois de ter ficado poucas partidas entre os suplentes no ano passado.

Apesar de prestigiado na época de Luiz Felipe Scolari no comando do Brasil, participando de cinco partidas do Mundial como titular, Hulk não teve sequência depois da entrada de Dunga. O jogador chegou a ser cogitado em equipes da Inglaterra e da China, mas acabou renovando seu contrato com o Zenit, clube russo que defende desde 2012.

Principal jogador da Seleção na Copa do Mundo de 2014, Neymar não perdeu status depois do torneio. Desfalque na humilhação diante da Alemanha por conta da vértebra fraturada no jogo contra a Colômbia, o atacante foi alçado por Dunga à condição de capitão, tornando-se o principal líder da equipe, mas decepcionou na Copa América, sendo suspenso por quatro jogos depois de ter sido expulso diante da Colômbia e se rebelado contra a arbitragem, dando adeus à competição com apenas duas participações em campo. Já pelo Barcelona, o atacante conseguiu destaque desde o 7 a 1, compondo com o argentino Messi e o uruguaio Suárez o trio de frente que garantiu os títulos do Campeonato Espanhol, da Copa da Espanha e da Liga dos Campeões da Europa.

Titular nos sete jogos do Brasil na Copa do Mundo, Oscar foi o autor do único gol dos anfitriões no massacre sofrido para a Alemanha e não perdeu chances nas convocações depois da saída de Luiz Felipe Scolari, pois seguiu com sua vaga em todos os amistosos de Dunga no ano passado. O jogador, que também manteve seu espaço no Chelsea, inclusive despertando o interesse de outras equipes, só não foi convocado para a Copa América por conta de uma lesão, segundo a justificativa do treinador.

Quando a Copa do Mundo terminou, cada jogador da Seleção voltou a seu clube certamente tentando esquecer o fracasso. Mas Dante não tinha como tirar da memória o vexame, pois atua pelo Bayern de Munique, que tem a base da seleção alemã. Titular no 7 a 1 em função da ausência do suspenso Thiago Silva, o zagueiro não foi mais convocado pelo Brasil depois do Mundial e ainda sofreu com as gozações de seus colegas de time, inclusive tendo pedido para que Muller parasse com as brincadeiras. O defensor também chegou a criticar a desorganização da equipe de Felipão na vergonhosa campanha.

Reserva de Júlio César, Jefferson não teve chance de atuar nem um minuto sequer na Copa, mas virou titular da Seleção Brasileira depois do torneio. Desde o primeiro jogo sob o comando de Dunga, o goleiro só não jogou quando o técnico decidiu chamar apenas atletas do exterior. Quando voltou ao Botafogo depois do Mundial, o atleta não conseguiu evitar o rebaixamento para a Série B do Brasileiro e sua permanência em General Severiano chegou a ser colocada em dúvida, até por conta dos salários atrasados e do interesse de outros clubes, mas o jogador confirmou sua renovação de contrato no início de janeiro. É o grande nome do Botafogo na busca pelo retorno à elite nacional, além de ter defendido a Seleção na Copa América.

Terceiro reserva entre os goleiros na Copa, Victor ficou fora de todas as partidas do torneio e não teve chance também desde que Dunga voltou à Seleção Brasileira, mas segue como intocável no Atlético-MG.