Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
O primeiro tempo do Vitória, que saiu atrás do placar, deixou o torcedor muito preocupado. Mas, com as mudanças feitas por Ney Franco na etapa final, o rubro-negro baiano precisou de apenas 10 minutos para mudar a história do jogo e voltar a respirar no Brasileirão.
Com 21 pontos, agora não mais lanterna, o Vitória ganha fôlego para o clássico contra o Bahia, domingo (21), na Arena Fonte Nova. Com um triunfo na próxima rodada, diante do maior rival, a depender de outros resultados, o rubro-negro pode voltar a figurar fora da zona do rebaixamento.
Fluminense sai na frente
O jogo começou equilibrado no Barradão. Até os dez minutos iniciais nenhuma das duas equipes foi capaz de oferecer perigo ao goleiro adversário. O rubro-negro, com Marcinho e José Welison, assustou muito timidamente. Finalizações de fora da área, mas sem a direção correta. Somente aos 15, em um rápido contra-ataque, o leão quase abriu o placar. Juan recuperou a bola no meio de campo e lançou Dinei. O goleiro Diego Cavalieri chegou antes do centroavante, mas ao fazer o corte acertou o jogador do Vitória. Para sorte do camisa 12, a bola pegou no camisa 9 e saiu na linha de fundo.
Apesar do susto, aos 18 minutos, o tricolor carioca chegou pela primeira vez ao ataque, e com sucesso. Conca dominou a bola pelo lado direito e cruzou no primeiro pau. Cícero antecipou a marcação e desviou para o gol. Fluminense 1 a 0.
Vitória reclama de pênalti
O jogo em Salvador, como em grande parte da competição, não poderia deixar de ter um lance polêmico. Aos 25, o lateral-esquerdo Juan entrou na grande e tentou o passe para Dinei, porém, antes dela chegar no companheiro, a bola pegou no braço esquerdo do zagueiro Henrique. O árbitro Thiago Duarte considerou o toque involuntário e não marcou.
O Vitória tinha maior posse de bola, trocava passes, mas não conseguia furar o bloqueio do Fluminense. O time carioca, depois do gol marcado, se posicionou um pouco mais atrás para encaixar o contra-ataque, o que tornou o jogo mais truncado e feio.
Aos 36, após boa troca de passes, o Vitória tentou chegar pelo lado direito, sem sucesso. Nino Paraíba arrancou com velocidade, entrou na área, mas errou no momento do passe. No contra-ataque, se não fosse Júnior Fernández, o leão tinha tomado o segundo. Cícero fez jogada, passou por dois e tocou para Fred. O camisa 9 bateu forte, no canto esquerdo, mas o arqueiro da equipe baiana estava atento e espalmou.
No minuto seguinte, a defesa do Fluminense cortou errado e Cáceres, de primera, bateu para fora. Logo depois foi a vez de Cavalieri falhar, mas rapidamente se recuperar. Dinei finalizou de dentro da área e o goleiro do time carioca defendeu, soltou, e depois encaixou de vez.
Etapa final
Em desvantagem, e sem ter produção ofensiva capaz de assustar o Fluminense, o treinador Ney Franco deixou o Vitória mais ofensivo. Tirou um dos volantes, José Welison, e colocou o atacante William Henrique. A modificação feita por Ney Franco, diretamente, não influenciou no lance. Mas, aos 3, o rubro-negro quase deixa tudo igual no Barradão. Richarlyson cobrou falta na área e, de cabeça, Dinei desviou no meio do caminho. Diego Cavalieiri tentou encaixar, soltou e mandou para escanteio.
O Fluminense imediatamente respondeu à altura. Rafael Sóbis fez boa jogada pelo lado esquerdo e invertou o jogo para Cícero. Autor do gol, o camisa 5 pegou em cheio e soltou uma bomba para o gol. O goleiro Fernández defendeu e evitou o segundo carioca no jogo.
Aos 8, Kadu fez um belo lançamento para Willie, que aproveitou sua velocidade e ganhou de Fernando. O atacante, no entanto, perdeu o tempo da bola na hora da finalização e foi desarmado. Na sequência, antes que Dinei chegasse para concluir, o zagueiro Henriqe cortou o perigo. No primeiro tempo, com o toque de mão do zagueiro Henrique, os jogadores do Vitória tinham motivo para reclamar. No entanto, aos 10 da etapa final, o protesto foi em vão. Willie se jogou na grande área, pediu pênalti e foi advertido por simulação.
Aos 16, a defesa do Vitória deu espaço para Conca. O argentino, ao tentar o cruzamento, quase ampliou o placar. O passe desviou no lateral Nino e quase enganou Fernádez, que se esticou todo e mandou para escanteio.
Vitória aperta e vira o jogo
O bom desempenho não era apenas do arqueiro do Vitória. Do outro lado Cavalieri também foi exigido. Henrique errou o passe e cedeu o contra-ataque. Dinei lançou William Henrique, que bateu forte para defesa do goleiro do Fluminense. No rebote, o atacante ia marcar o empate e foi travado.
No escanteio, Marcinho cobrou o escanteio no primeiro pau e achou Dinei para, de cabeça, mandar para o fundo do gol. Tudo igual no Barradão. A virada rubro-negra foi questão de tempo. Aos 26, após cruzamento, o atacante William Henrique bateu colocado, no canto esquerdo, sem chances para o goleiro Diego Cavalieri.
A vantagem do leão por muito pouco não durou apenas dois minutos. Cícero finalizou e bola desviou na defesa até sobrar para Rafael Sóbis. De frente para o gol, o atacante do time carioca bateu e viu o paraguaio Júnior Fernández realizar uma defesa espetacular.
Terceiro do leão
Cáceres, no campo defensivo, deu um famoso chutão para frente e achou Vinicius. O atacante entrou na área, bateu rasteiro e ampliou a vantagem do Vitória na partida: 3 a 1.
FICHA TÉCNICA
Vitória x Fluminense
Campeonato Brasileiro – 22ª rodada
Local: Barradão, em Salvador (BA)
Data: 17/09/2014
Árbitro: Thiago Duarte Peixoto (SP)
Auxiliares: Flávio Rodrigues da Silva (SP) e Márcio Henrique de Góis (SP)
Gols: Dinei, William Henrique, Vinicius (Vitória) / Cícero (Fluminense)
Cartões amarelos: Willie
Público: 6.623
Vitória: Júnior Fernández; Nino Paraíba, Luiz Gustavo, Kadu e Juan; Cáceres, José Welison (William Henrique), Richarlyson e Marcinho; Willie (Vinicius) e Dinei. Técnico: Ney Franco.
Fluminense: Diego Cavalieri; Bruno, Henrique, Elivélton e Fernando (Marlon); Diguinho (Valência), Jean, Cícero e Conca; Rafael Sobis e Fred (Kenedy).Técnico: Cristóvão Borges.