No ano em que o movimento da Axé Music completou 30 anos, encontros e revivais marcaram os desfiles nos circuitos Osmar (Campo Grande) e Dodô (Barra). Luiz Caldas, Sarajane, Buck Jones, Márcia Freire, Marcionílio, Armandinho e irmãos voltaram com mais força aos holofotes e deram canjas ou levaram foliões na pipoca. O nome da vez, porém, não é representante do axé. Preso duas vezes em janeiro e envolto em polêmicas, o pagodeiro Igor Kannário, conhecido como “Príncipe do Gueto”, arrastou uma verdadeira multidão sem cordas na Avenida ao som de “Tudo nosso, nada deles”, acompanhado de forte policiamento e com direito a desmaios no meio do público. Também do pagode, Márcio Victor disputou as atenções ao ser diagnosticado com uma apendicite na noite de sábado (14) e retornar no dia seguinte à frente do Inter, ao lado de Léo Santana, para defender o “Xenhenhém”, sucesso que está entre as candidatas a música do Carnaval deste ano. Tantas reviravoltas ofuscaram um pouco o cantor de arrochadeira Neto LX, voz do hit “Gordinho Gostoso”, que também está entre as apostas da folia. Para compensar, o ex-vocalista da Luxúria ostentou um figurino de R$ 100 mil no Campo Grande. Por falar em roupa – ou na falta dela – Alinne Rosa, em seu primeiro carnaval sem o Cheiro de Amor, inspirou-se na personagem Danny Bond, interpretada pela atriz Paolla Oliveira na minissérie “Felizes para sempre?”, e apareceu com biquíni fio-dental e vestido transparente (conhecido como ‘naked dress’). Outras “estreias” marcaram os festejos: Bell Marques sem o Chiclete com Banana (e vice-versa), e Durval Lélys sem o Asa de Águia. Entre os veteranos, quem inovou foi Daniela Mercury, que encarnou a “Rainha Má” e voltou ao circuito Osmar depois de 20 anos, sem cordas. Confira os melhores momentos do Carnaval 2015: